Com as fortes chuvas na capital sergipana, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), alerta a população para os cuidados para evitar doenças que podem se proliferar por conta dos alagamentos e inundações.
De acordo com informações da coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Taíse Cavalcante, a população fica mais vulnerável à doenças como leptospirose, hepatites agudas (A e E), doenças diarréicas, tétano e doenças de transmissão respiratória. Há ainda o risco de traumas e lesões (afogamentos, lesões corporais, choques elétricos) e acidentes envolvendo animais peçonhentos.
O maior risco é para a leptospirose, doença transmitida através da urina dos ratos, onde se aloja a bactéria leptospira, que se mantém viva na água e na lama das enchentes. O período de incubação da bactéria no organismo humano ocorre após o contato com o agente infeccioso, geralmente depois das inundações.
"Depois das chuvas, a população limpa suas residências e é justamente nesse momento de contato com a água contaminada que ocorre a transmissão da leptospirose. Os sintomas de febre alta, dores no corpo, de cabeça e na panturrilha podem não aparecer de forma imediata, pois o período de incubação pode levar de um a 30 dias", explica Taíse Cavalcante.
Alerta
A população também deve estar alerta para as hepatites A e E. Essas doenças apresentam período de incubação médio de 30 dias. Já o período de incubação das doenças transmissíveis por conta da ingestão de água ou alimentos contaminados - como a cólera, o tifo e as demais doenças diarréicas agudas - é mais curto, variando de algumas horas a até cinco dias.
Além dessas doenças, a aglomeração humana em ambientes fechados favorece a ocorrência de doenças de transmissão respiratória, como as pneumopatias e meningites. Os serviços de saúde de Aracaju estão em alerta para todos os sinais e sintomas relacionados aos agravos que podem ser provocados pelas chuvas. "A Secretaria vem alertando a população e os profissionais da saúde sobre as doenças que são inerentes a esse período de chuva. É importante que a população se proteja", ressalta Taíse Cavalcante.
Dengue
A Secretaria Municipal da Saúde esclarece ainda que as chuvas que vem atingindo a capital nos últimos dias não contribuem, por si só, para o aumento imediato do número de casos da dengue. É importante lembrar que o Aedes aegypti prefere colocar seus ovos em água parada. Em situações de enxurrada, o desenvolvimento do inseto fica comprometido diante da vazão e do escoamento rápido dessa água.
Cuidado
Mas a chuva é uma também é uma ameaça ao controle da dengue. Depois desse período a água fica armazenada em diversos locais e é aquecida pelo sol. Esses reservatórios podem então se transformar em criadouros. Por isso, a preocupação e o alerta constante para que a população evite armazenar entulho e pequenos depósitos de água em suas residências.
