Nem todo mosquito transmite dengue

Saúde
10/07/2014 16h56

No período de abril e agosto, a proliferação de mosquitos é uma realidade na região tropical do Brasil. Entre os mais conhecidos estão: Aedes aegypti (transmissor da dengue), o Anopheles sp. (vetor da malária), o Culex sp. (chamado de “pernilongo caseiro”) e o Culex Sissaciats (conhecido pelo apelido de mosquito borrachudo), sendo este último muito confundido com o transmissor da dengue, frequentemente encontrado em regiões úmidas.

De acordo com o responsável pelo controle de praguicidas do Centro de Zoonose da Saúde de Aracaju, José Bomfim Oliveira Santos, é comum a confusão popular a respeito dos dois mosquitos, porém existem algumas diferenças básicas que distinguem as espécies Aedes aegypti da Culex Sissaciats.

“Eles até possuem pequenas semelhanças na estrutura física. A picada do mosquito borrachudo dói e irrita a pele, causando vermelhidão, porém não causa sintomas mais graves ao corpo. Já a picada do mosquito da dengue não dói, mas os efeitos são devastadores. Para se proteger, as pessoas devem colocar telas em suas portas e janelas e evitar preservar vegetação rasteira, focos com água, deixando sempre quintais e varandas bem limpos”, explicou Bomfim.

Carro Fumacê

Um detalhe que José Bomfim Oliveira Santos explicou é que o carro fumacê, que a sociedade verifica passando por suas portas, faz parte do serviço oferecido pela Secretaria Estadual de Saúde, ficando a cargo da Saúde de Aracaju, o encaminhamento de agentes de endemias até as casas dos cidadãos aracajuanos.

“Além de nossos agentes que entram nas casas e explicam detalhadamente como a população deve prevenir tais mosquitos, temos ainda o ‘fumacê costal’, que faz um trabalho semelhante ao do carro fumacê, porém em menor proporção, pois é realizado com um aparelho anexado nas costas de um agente de saúde que vai lançando o produto nas áreas mais críticas. Apesar disso, sempre frisamos que a população deverá entrar nessa luta também, sempre agindo com precaução para que os mosquitos, de quaisquer espécies, se proliferem”, enfatizou Bomfim.

Terrenos baldios

Segundo explicou a assessora de Comunicação da Emsurb, Gabriela Barbosa, a população pode reclamar de terrenos baldios, denunciando inclusive proprietários que deixaram de limpar suas propriedades. “É preciso avaliar os riscos que o terreno proporciona à população. Nem todos esses locais estão cadastrados na Prefeitura de Aracaju, o que dificulta medidas corretivas, mas quando identificamos o dono, o mesmo é notificado e dependendo do caso podemos aplicar multa. Quando realizamos a limpeza da área, enviamos ao mesmo o custo do serviço feito”, disse Gabriela. O contato para denunciar espaços abandonados, com acúmulo de água e mato é 0800-2841300.