Prefeitura montou mutirão em desabamento

Agência Aracaju de Notícias
21/07/2014 18h59

Desde as primeiras horas do último sábado, 19, equipes da Prefeitura de Aracaju (PMA) uniram-se a outros órgãos na tentativa de resgatar a família que ficou soterrada entre os escombros do desabamento ocorrido no bairro Coroa do Meio, na capital sergipana. 

Com as atenções voltadas para as quatro pessoas que passaram 34 horas soterradas, as equipes da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Defesa Civil, Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) e Guarda Municipal de Aracaju (GMA), contaram com a força da população, que esperançosa se manteve presente no trabalho de resgate, para apoiar os bombeiros no que fosse necessário.

Para que o serviço de auxílio pudesse ser realizado de maneira organizada e célere, as equipes da prefeitura montaram um esquema de atuação, cada uma em seu devido setor. Divididas e procurando atender as demandas provenientes do ocorrido, os grupos se mantiveram firmes no propósito de ajudar a salvar vidas.

O prefeito João Alves Filho acompanhou os trabalhos e foi até o local do desmoronamento. Para ele, o resultado foi fruto de uma somação de esforços. "Todos os órgãos pertinentes à Prefeitura de Aracaju, já estavam no local às 3h dessa madrugada auxiliando o trabalho heróico do Corpo de Bombeiros. Como não poderia deixar de ser, disponibilizamos equipamentos, como a retroescavadeira, para realizar de forma mais ágil o resgate as vítimas", destacou João Alves.

De acordo com a secretária de Defesa Social e Cidadania, Georlize Teles, foi todo um trabalho de logística envolvido o qual, inclusive, contou com a ajuda da Petrobras e teve acesso à planta do prédio. "Logo após as medidas iniciais tomadas, a Defesa Civil Municipal, juntamente com o engenheiro da Defesa Civil Estadual, fez uma verificação das casas que ficam no entorno para avaliar se havia comprometimento das estruturas. Graças a Deus foi constatado que não há risco de desabamento dos imóveis e que os mesmos não haviam sido atingidos. Daí por diante o trabalho foi intenso e muito focado".

Defesa Civil

Contando com uma equipe, a Defesa Civil trabalhou junto ao Corpo de Bombeiros durante as longas horas que se estenderam até o resgate. Para isso, colaboraram desde o maquinário necessário para o salvamento, até apoio com alimentação, engenharia especializada e contato com equipes de perfuração.

"Nos meus quase 30 anos de trabalho com a Defesa Civil nunca havia visto um resgate tão demorado e tão delicado. Por isso, auxiliamos no que foi possível e nos esforçamos para, à nossa maneira, também fazer esse resgate, nem que fosse de forma indireta. Contamos com a força da população, já que o psicológico, de certa forma fica sensível, mesmo quando nós mantemos o profissionalismo. O interessante é que os moradores próximos à área do desabamento nos auxiliaram até com café e água", relatou o coronel Reinaldo Moura, coordenador da Defesa Civil da capital.

SMTT

Para que as equipe pudessem desenvolver os trabalhos com maior agilidade e segurança, agentes de trânsito controlaram e desviaram o fluxo de veículos na região ao redor da área do desabamento.

"Estivemos lá desde as primeiras horas. Desenvolvemos um serviço de escala para atuar durante as 34 horas até o resgate e até mesmo depois dele. Os agentes de revezaram para controlar o trânsito no local e manter a segurança, tanto dos motoristas e pedestres, como também das equipes do Corpo de Bombeiros", contou o capitão J.Luiz.

Além dos agentes de trânsito a SMTT disponibilizou viaturas e motos para auxiliar nos trabalhos de maneira ininterrupta.

Emurb

Os trabalhos da Emurb também estiveram presentes. Com equipamentos como escavadeira hidráulica, pá carregadeira, guincho, caçambas e reto escavadeira, os funcionários auxiliaram durante todo o processo entre o resgate e a continuação do processo após o encontro da família.

"Nosso trabalho foi de extremos cuidado e atenção, por isso, nos mantivemos focados naquilo que era nosso propósito, salvar vidas. Naqueles momentos tivemos que contar e dar todo o apoio necessário", disse Sandoval, coordenador de operação da Emurb.

Juntamente com a presidente da Emurb, Socorro Cacho, que foi até o local e manteve-se à disposição, o secretário da Infraestrutura, Luiz Durval, também esteve presente e, segundo ele, a perícia deve apresentar o laudo técnico no prazo de 30 dias. "Somente após uma análise poderemos saber de fato o motivo do desmoronamento. Mas, houve um colapso na estrutura que pode ser verificada de forma imediata. Porém, existem vários motivos para que isso aconteça, até mesmo o uso de materiais inadequados. Porém, quem poderá dizer realmente é a perícia".

Emsurb

A força tarefa também contou com a Emsurb que providenciou dois toldos e banheiros químicos para aqueles que trabalharam no local. Além disso, mesmo com o grande número de entulho, as equipes de serviços urbanos foram orientadas a trabalhar de forma equacionada.