Conselho realiza encontro de idosos no Iate Clube

Assistência Social e Cidadania
24/09/2014 16h20

"Vim aqui para aprender mais sobre os meus direitos e também me divertir um pouquinho". Foi com este propósito que  Maria José Ferreira, 65 anos,  saiu do bairro Siqueira Campos, onde mora, para participar do I Encontro Municipal da Pessoa Idosa, realizado na tarde desta última terça-feira, 23, no Iate Clube de Aracaju, pelo Conselho Municipal da Terceira Idade (CMTI), em parceria com a Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas).

Maria José foi uma das mais de mil pessoas que participaram do evento que objetivou discutir o papel do idoso na sociedade. "É interesse do prefeito João Alves que a Secretaria de Assistência intensifique as discussões sobre o protagonismo da pessoa idosa, o que já fazemos nos nossos equipamentos sociais, mas precisamos ampliar o debate para alcançar um número cada vez maior de idosos, conscientizando-os sobre os seus direitos e prerrogativas. Esta é a razão deste encontro", falou a secretária municipal da Família e da Assistência Social, Selma Mesquita, que no ato representou o prefeito João Alves Filho.

O encontro foi aberto pela presidente do colegiado, Maria José Silva Matos, que destacou a importância do evento. "Este conselho existe para trabalhar para e pelos idosos e para constribuir, através de eventos como este, para a execução de políticas públicas para vocês", disse. O primeiro palestrante da tarde, o juiz José Anselmo de Oliveira, defendeu o tema "Protagonismo da Pessoa Idosa dentro da Sociedade Atual".

"O protagonismo no idoso surge da sua própria experiência e isso implica, muitas vezes, no seu papel na economia - atualmente um grande consumidor de produtos e serviços -, no mercado de trabalho, na família, no lazer e nos mais diversos setores", explicou o magistrado, enfatizando a necessidade de criação de políticas públicas voltadas para a pessoa idosa, inclusive na questão financeira,  que lhe dê uma existência digna.

A promotora Berenice Andrade de Melo, da Promotoria do Idoso, falou sobre a rede de proteção para o idoso existente em Aracaju, montada sob a liderança do Ministério Público Estadual, para garantir o direito da pessoa violentada e a punição do culpado. "É preciso denunciar sempre o agressor", conclamou a promotora em seu pronunciamento.

Segundo ela, às vezes, por não ter oportunidade ou mesmo por laços de parentesco, o idoso deixa de prestar queixa sobre agressões sofridas. "Neste sentido já tivemos progressos, mas precisamos avançar", reforçou a promotora de justiça.

Justina dos Santos, 69 anos, usuária do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Enedina Bomfim, disse que absorveu bem as informações recebidas e pretende seguir as orientações. "Encontros como este são muito importante para nós. A gente aprende mais", declarou.