Semana de Combate à Sífilis é encerrada com blitz e panfletagens

Saúde
17/10/2014 12h46

Blitz e panfletagens encerraram a Semana de Combate à Sífilis promovida por meio do Programa Municipal de DST, AIDS e Hepatites Virais.  As ações aconteceram na rótula das Avenidas Hermes Fontes e Adélia Franco, próximo à Unidade de Saúde da Família (USF) Sinhazinha, e no cruzamento entre as Ruas Divina Pastora e Capela, próximo ao Terminal Rodoviário Luiz Garcia. A mobilização contou com a colaboração de profissionais do Programa Redução de Danos (PRD), servidores da USF Sinhazinha, da artista e drag queen Karolyne Prinscipal,  além do envolvimento de técnicos do Programa de DST e AIDS.

 Quem transitava pelas ruas teve a oportunidade de aprender mais sobre a doença. Esse foi o caso da diarista Wilma de Jesus Santana.  Ela conta que não sabia sobre as outras formas da doença como a sífilis congênita, infecção transmitida ao bebê pela gestante com a doença não-tratada ou inadequadamente tratada, pode trazer graves consequências para a saúde da criança ou até mesmo provocar aborto ou o óbito fetal.   “Saber do risco nos dá motivos a mais para buscar prevenir”, disse.

A coordenadora do Programa Municipal de DST, AIDS e Hepatites Virais, Débora Oliveira, avaliou como positivo o resultado dos cinco dias de mobilização.  “A intenção da ‘Semana de Combate à Sífilis' foi dar maior visibilidade à problemática da sífilis. Estivemos reunidos em escolas com estudantes, em unidades de saúde com mulheres gestantes e também realizamos ações voltadas para profissionais do sexo”, explicou.

Este ano a campanha contemplou ações como a exposição de banners e mensagens alusivas ao Dia Nacional de Combate à Sífilis em relógios digitais com letreiros eletrônicos espalhados em diversos pontos da cidade (Rodoviária Nova/Terminal DIA/Rótula da Avenida Beira Mar). Distribuição de Banners e material informativo para as Unidades de Saúde da Família com o tema da campanha. Palestra sobre sífilis para mulheres beneficiárias do Bolsa Família, com distribuição de material informativo e insumos de prevenção. Palestra para alunos do Colégio Atheneu sobre sífilis e prevenção às DSTs. Palestra, oferta de testes-rápidos e insumos de prevenção em prostíbulos.

Débora Oliveira reforça que em 2013 houve redução de aproximadamente 20% na incidência de sífilis congênita no município de Aracaju em relação ao ano anterior, mas que o trabalho de conscientização não pode parar. A sífilis é uma doença infecto-contagiosa grave, porém, quando é devidamente tratada, tem cerca de 98% de chance de cura. Esta cura total pode ser alcançada em 1 ou 2 semanas de tratamento, mas há casos onde ela pode perdurar por 2 anos ou mais.

A coordenadora do Programa Municipal DST/AIDS e Hepatites Virais acrescenta que mesmo com a redução, para que Aracaju continue a avançar no combate a sífilis “é importante que todas as pessoas e em especial as sexualmente ativas  se previnam com o uso da camisinha e busquem fazer os testes que estão disponíveis no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) que funciona no prédio do Centro de Especialidades Médicas (Cemar) do bairro Siqueira Campos”.

Tratamento

O tratamento é feito com o uso de injeções semanais de penicilina. A concentração de penicilina, a quantidade de doses e de dias em que devem ser tomadas vai variar de acordo com o tempo que a doença está instalada no indivíduo. De acordo com o Plano de Eliminação da Sífilis no Estado de Sergipe e em Aracaju,  o esquema de tratamento previsto no protocolo é dividido em três doses de penicilina benzatina (2.400.000ui) tomadas em três semanas seguidas, uma dose por semana.