Centro-Dia expõe trabalhos de usuários em Festa Natalina

Assistência Social e Cidadania
19/12/2014 16h10

Na manhã desta sexta-feira, 19, o Centro-Dia Josevaldo Bezerra de Andrade promoveu uma exposição dos trabalhos feitos pelos deficientes assistidos pela unidade. Além da exposição, uma Festa Natalina foi realizada.

O Centro- Dia é um serviço de proteção social especial para pessoas com deficiência de 18 a 59 anos, cujo seus direitos foram violados. O objetivo é fomentar conhecimento e servir de referência na qualificação do serviço para pessoas com deficiência, que é o SUS e o SUAS. "Nós ofertamos aqui oficinas de bijuteria, artesanato, culinária, pintura em tecido, bordado e desenho", enfatizou Jaqueline Guimarães, coordenadora do Centro-Dia.

Para Jaqueline, é muito gratificante poder expor os trabalhos realizados pelos usuários do Centro-Dia. "Pra mim é gratificante trabalhar com as pessoas que precisam de ajuda, e aqui nós trabalhamos levantando a auto-estima deles, da família, o estresse da família, os direitos violados deles, inserindo-os na sociedade. Então, nós galgamos tudo isso aí em prol dos nossos usuários", explicou a coordenadora.

"Essa ideia da exposição se deu, apesar de ser muito recente o Centro-Dia, que é o único em Aracaju, ele fluiu de tal forma que nós passamos a trabalhar o que realmente esses usuários necessitam para melhorar o estresse deles e das famílias, e levantar a auto-estima", destacou Jaqueline, ao falar sobre a exposição.

Segundo a educadora social, Maria Betânia Cardoso Lopes Leão, as oficinas ocorrem de forma organizada e bem pensada, pois essas atividades precisam ser prazerosas para os usuários. "As oficinas acontecem em grupos divididos, justamente por se tratar de pessoas com deficiência, temos que ter uma atenção. Nós dividimos os grupos e trabalhamos com uma programação específica durante a semana inteira, alguns trabalhos eles não terminam no mesmo dia porque demanda um tempo maior", explica a educadora.

Ana Lúcia Santos é deficiente visual e usuária do Centro-Dia. Para ela, depois que começou a frequentar a unidade, ela renasceu. "Foi maravilhoso, eu renasci um pouco aqui com as meninas, com todas as orientadoras. Foi ótimo. É uma pena que não tem todos os dias, seria melhor, mas não tem. Eu adoro, amo as oficinas, é uma pena que é pouquinho tempo, porque passa tão rápido que eu reclamo por já ter acabado. Aqui a gente aprende muitas coisas. Sou muito feliz aqui no centro-Dia", enfatizou dona Ana Lúcia.

Para a Juscilene Oliveira Rosa, que sofre de um leve transtorno bipolar, as atividades no Centro-Dia a ajudam muito. "Eu perdi minha mãe recentemente e aí eu vim aqui para o Centro-Dia. Aprendi vários cursos e estou me sentindo muito feliz. Estou com uma boa auto-estima e estou gostando muito de participar. As pessoas aqui são legais. Me sinto mais feliz no Centro-Dia porque é uma ocupação pra minha mente", explanou Juscilene.

Segundo a coordenadora, Jaqueline, o segredo é fazer tudo com muito carinho. "Pra mim isso aí é maravilhoso, tem gente que acha que trabalhar com pessoas com deficiência não é bom, mas, pra mim, é gratificante porque eu fortaleço meu espírito. E tudo tem que ser feito com amor e carinho".