Banda de pífano Treme Terra abre 3º dia do Natal do Centro

Cultura
22/12/2014 09h56

A música que ecoava do ganzá, zabumba e flauta doce anunciava que o início do terceiro dia de festividade no Centro Cultural de Aracaju estava prestes a começar. Em cortejo pelos calçadões das ruas João Pessoa e Laranjeiras, a banda de pífano Treme Terra, que foi a primeira atração a se apresentar, convidou o público para a grande festa. Com um repertório que enaltece a cultura nordestina, a banda colocou todo mundo para dançar, a exemplo da lojista Tatiane Nery, que se rendeu ao ritmo do grupo acompanhando todo o cortejo.

"Acho importante a gente valorizar nossos artistas, pois somos uma cidade rica em cultura e talentos. Fazer um Natal com a nossa cara é enaltecer ainda mais nossa cultura", disse a jovem.

A banda de pífano Treme Terra é uma homenagem ao Mestre Euclides, um dos homenageados pelo Centro Cultural de Aracaju. Segundo Admar Santos, filho do mestre, a ideia de montar a banda surgiu logo depois da inauguração do Centro Cultural. "Nosso intuito é evidenciar o legado deixado pelo meu pai, promovendo também a disseminação da cultura popular" explicou.

A segunda atração da noite foi o grupo Chorinho Atrevido, formado por professores da Escola de Artes Valdice Teles, que trouxe para o público uma mescla de ritmos como salsa, forró, além das tradicionais músicas natalinas. A apresentação do chorinho contou com a participação especial de dois atores e do coral, ambos formados por alunos da Escola de Artes.

Emocionada, Lourdes Nascimento trouxe o neto Vitor, de apenas três anos, para prestigiar a programação. "Estou vindo desde o primeiro dia e não quero perder nenhum, achei tudo lindo desde a decoração às próprias atrações. Acho que nós aracajuanos merecemos reviver e preservar nossa memória", falou.

Em seguida, o público foi presenteado com a apresentação do Auto de Natal, encenado pelo grupo teatral Imbuaça. A história, que conta o nascimento do menino Jesus, levou o público às lágrimas e que, de pé, ovacionou o elenco. Conceição Melo disse que Natal é o tempo de perdão e renovação dos sonhos. A apresentação do grupo Imbuaça tocou não apenas em seu coração, mas também a fez refletir sobre suas ações. "Acho que a programação não apenas nos diverte e alegra, mas também serve para que nós venhamos a agradecer tudo o que nos é proporcionado. Desejo que tudo de bom se repita e que ano que vem tenhamos mais ações como essas", completou. A noite foi encerrada ao som de Odir Caius.