Cursos e reciclagem são ofertados na Oficina de Papel da Emsurb

Serviços Urbanos
20/01/2015 10h41

A Oficina de Papel da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) foi criada em 1997 com o objetivo de promover a preservação ambiental e educar os cidadãos, servindo como alternativa de trabalho, distração e até mesmo terapia ocupacional, além de abastecer a demanda de papel artesanal reciclado para a Prefeitura Municipal de Aracaju.

Os cursos duram 15 aulas, e são 4h de aula por dia. As inscrições podem ser feitas na sede da Emsurb que fica localizada no Parque da Sementeira. O curso é de acordo com a disponibilidade da pessoa, o aluno escolhe os dias e turnos de suas aulas. "Esse curso é dividido em fases, a primeira fase é a iniciação, como fazer os canudos, como fazer os trançados, porque há vários tipos de trançados, então as pessoas aprendem a fazer o básico", explicou Murilo Alves, coordenador da oficina de Papel.

"Após esses 15 dias nós fazemos o aperfeiçoamento, a pessoa vai se aprofundar mais, então ele vem para aqui e fica fazendo estágio sem remuneração. Ele vem se aperfeiçoar fazer outros trançados, outras coisas que a gente vai passando pra pessoa se profissionalizar, isso quando a pessoa realmente quer dar continuidade ao que ta fazendo, virar um artesão de papel", explanou Murilo.

A atual proposta da Oficina de Papel pretende estender o atendimento à população em geral e aos turistas, assim como transmite uma atividade profissionalizante a adolescentes - principalmente de famílias de baixa renda. Sem, contudo, deixar de lado a finalidade de conscientizar os participantes da importância de preservação do meio ambiente. "É esse trabalho que a gente ta fazendo, conscientizando as pessoas, os adolescentes e crianças, como é importante você cuidar do nosso planeta e da sustentabilidade, o papel, garrafas peti, têm várias coisas que você pode reaproveitar, e eu amo muito fazer isso", destacou o coordenador.

O coordenador explicou ainda que os trabalhos feitos com crianças e adolescentes são de formas diferentes, para que possa atraí-los ao curso. "A criança quando você instrui uma coisa, ele vai passar para os pais. Como crianças não fazem esses tipos de trançados, nós trabalhamos com garrafas peti, fazendo aviõezinhos, carrinhos, bonecas, porque ao mesmo tempo em que você está dando o curso pra elas, você está conversando, orientando, como você fazer a sustentabilidade da maneira que eles entendam. E para os adolescentes, a gente faz aulas de música com instrumentos musicais reciclados, porque os adolescentes são mais acessíveis a esse lado", explicou Murilo.

O projeto pode ir até as escolas, empresas, órgãos, hospitais, ONG, evento para realização de minicurso ou exposição dos produtos feitos de papel. "A gente também trabalha com Associações de bairros que aí funciona com a disponibilidade da Oficina de Papel, tipo a gente decide e diz o curso é durante 15 dias de tal dia a tal dia, e de tal hora a tal hora. As aulas nas associações duram 15 dias corridos, ou seja, de segunda a sexta durante 15 dias. Porque nós tiramos as artesãs daqui para ceder à associação. Além disso, nós também damos palestras", disse.

Sobre os jornais utilizados, Murilo explica que recebe doações e que a Emsurb oferece os outros materiais. "A maior doação daqui é com jornais, a Empresa fornece materiais como cola, tinta, esse material básico para produzir as peças. E também, nós fazemos tipo uma permuta, a pessoa chega aqui e vê um vaso bonito, e ela tem interesse naquele vaso aí eu estipulo pra pessoa como fazer a troca, tipo trazer três tubos de cola, uma lata de verniz, aí a gente faz e dá pra pessoa, que é uma coisa também que alivia um pouco o custo da Empresa", relatou Murilo.

Para Murilo a causa mais importante do Projeto é a sustentabilidade. "O importante é que você vai profissionalizar as pessoas. Quem tem interesse realmente em dar continuidade, vai ter uma fonte de renda e outra coisa é que você está ajudando a sustentabilidade. A sustentabilidade hoje é uma coisa importante, porque se você pega uma tonelada de jornal e faz esses vasos é menos uma árvore que você derruba. É pouco, mas é um começo", destacou o coordenador, orgulhoso.