Noites de animação, artesanato e comidas típicas marcam Feira de Sergipe

Cultura
26/01/2015 18h49

Muita arte plástica, artesanatos e música fizeram parte estande da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), na Feira de Sergipe 2015 que encerrou neste final de semana, na Orla de Atalaia. As exposições dos instrutores dos cursos oferecidos pela Fundação Municipal do Trabalho (Fundat) chamaram atenção dos visitantes da Feira de Sergipe, além do autêntico forró pé de serra oferecido pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju).

Entre os convidados estavam o artista plástico Jerônimo Freitas e o "Projeto Mãos que Criam", que levaram um pouco dos seus trabalhos. O Projeto, do Externato São Francisco de Assis, visa despertar por meio da inclusão produtiva a autonomia financeira das mães das crianças, de três a cinco anos, que são atendidas pelas irmãs franciscanas Nossa Senhora do Bom Conselho.

Bolsas, porta lápis, jarros e terços de fuxico, panos de prato e toalhas são confeccionados todas as terças-feiras no projeto. "Agradeço a Fundat pelo convite. Nós estamos felizes pela oportunidade, para que possamos expandir nossos trabalhos, pois é através deles que estamos mantendo as crianças. Desenvolvemos projetos educacionais e artesanais", diz a irmã Conceição de Lima, que participou da feira.

A cantora Iracema, que agitou uma das noites, agradeceu o convite e falou sobre a emoção de poder participar pela segunda vez da Feira de Sergipe. "Poder voltar a cantar aqui é muito gratificante, só tenho a agradecer a Prefeitura e a todos os organizadores da feira. Um lugar que mostra a cultura do estado, não podia faltar o nosso forró", afirma.

A instrutora de crochê da Fundat, Daiane Lima, fala sobre a oportunidade que a PMA ofereceu para os artesãos de poder colocar suas peças em exposição. "Poder mostrar ao publico um pouco da arte que é produzida por nós, instrutores, ajuda não só a divulgar o nosso trabalho, como também os cursos que a Fundat oferece", diz.

Economista de Belo Horizonte, Sandra Furbino, que veio pela primeira vez ao estado, soube da Feira no hotel. Ela conta que não pensou duas vezes e trouxe toda sua família para conhecer um pouco do artesanato sergipano. "Eu já conheço todo o nordeste, mas nunca tinha vindo a Sergipe. Sempre tive ótimas recomendações e decidir conhecer. Amo o artesanato, as comidas típicas e o sotaque dessa cidade, as pessoas são muito receptivas e aqui na Feira pude encontrar tudo de uma só vez", comenta.

O artista plástico e escultor, Jerônimo Freitas, contou que, quase todo tipo de objeto descartado na natureza, pode ser utilizado por ele na construção de suas peças artesanais. O artesão utiliza garrafas de vidro e pet, alumínio e todo tipo de plástico que possa ser reutilizado. "Fico feliz de estar aqui para divulgar o meu trabalho e com isso, incentivar a valorização da reciclagem. É possível ganhar dinheiro com material que iria poluir a cidade. Trabalho há mais de 20 anos, com reciclagem. A arte é minha vida, me realizo, eu vivo da arte".

A Feira não encantou apenas os turistas, muitos sergipanos marcaram presença também. Segundo o servidor público, Gilberto Muniz a importância da Feira não é apenas para o artesanato e também para economia local. "Poder colocar em um só lugar grande parte da cultura sergipana é uma oportunidade de incentivar a produção local. As pessoas que passaram pela Feira puderam encontrar um pouco de cada canto de Sergipe, os idealizadores do evento estão de parabéns", conclui.