Novos pacientes ou doentes recém medicados contra o HIV terão ao seu dispor novo medicamento que minimiza incômodos ocasionados pelo ritual do tratamento a longo prazo. O Ministério da Saúde já iniciou a distribuição em Sergipe desta nova fórmula. O Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (CEMAR) do bairro Siqueira Campos é o local responsável pela distribuição do remédio, a partir da indicação médica para a mudança do tratamento.
Segundo a coordenadora do Programa Municipal de DST/AIDS da Saúde de Aracaju, Débora Oliveira, o Ministério da Saúde indica que todo paciente que descobre ser portador do vírus HIV deve iniciar o tratamento no ato. "Este medicamente reúne em sua fórmula três remédios (Tenofovir, Lamivudina e Efavirenz) que já eram utilizados de forma separada no tratamento contra a doença. Assim, esses novos casos (ou em recém tratamento) já começam usando apenas uma única dose diária. Esta mudança no antigo coquetel de remédios certamente facilitará a vida dos soropositivos, deixando o tratamento mais cômodo", explicou.
Débora frisou que continuadamente os cientistas pesquisam novas fórmulas de medicamentos para os pacientes com HIV. "Este medicamento único já vinha sendo oferecidos em algumas regiões do Brasil, onde a incidência de casos é muito alta. O Ministério da Saúde sempre começa essas mudanças pelos locais mais preocupantes", informo.
De acordo com o gerente do Programa DST/AIDS da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Almir Santana, o Ministério da Saúde enviou nesse primeiro lote medicamento para o tratamento de 1.100 pacientes. "Temos que deixar bem esclarecido que este tratamento não é para todos os pacientes, mas para os casos iniciais ou em tratamento. Cada caso é avaliado pelo médico que acompanha seu paciente. Apesar ter acompanharmos avanços no setor dão tratamento contra a Aids ainda temos que pontuar que a cura não foi encontrada. Não se deve banalizar a doença", alertou Almir Santana.
Sempre Alerta
Em Sergipe foram notificados até o momento aproximadamente 3.400 casos de HIV/Aids, sendo que aproximadamente 2.000 pessoas estão em tratamento. Segundo informou o infectologista, Paulo Roberto de Oliveira Costa é preciso que cada paciente seja avaliado pelo seu próprio médico quanto à possível mudança no uso do medicamento dose única.
"Se o paciente, recém descoberto e ou em início de tratamento já teve qualquer reação a um dos componentes deste novo medicamento, certamente não será medicado com dose única. Algumas pessoas, por exemplo, já apresentaram reações de tontura e alucinação com o uso do Efavirenz. Já outras demonstraram problemas renais após o uso do Tenofovir. Nestes casos não será possível fazer uso deste novo medicamento", detalhou Paulo.
