Saúde de Aracaju realiza Semana de Combate à Hanseníase

Saúde
28/01/2015 15h44

A Saúde de Aracaju, através do Projeto de Ações Inovadoras em Hanseníase, realiza até a próxima sexta-feira, 30, a semana de combate à doença em todas as Unidades de Saúde da Família da Capital. Através de ações mais pontuais e distribuição de panfletos, agentes epidemiológicos também visitarão residências, em bairros onde a incidência da doença foi maior (Santa Maria, Olaria, Jardim Centenário, Veneza e Santos Dummont), para alertar os cidadãos aracajuanos quanto a identificação e ou direcionando-os para o tratamento gratuito.  

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, setor vinculado à Diretoria de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Raulinna Gomes, em Aracaju foram diagnosticados 118 casos novos em 2013 (sendo 10 casos em menores de 14 anos). Já em 2014 foram notificados 113 (com sete casos em menores de 14 anos), caracterizando alta endemicidade da doença.

“Devido ao grande número de pessoas diagnosticadas tardiamente e ao percentual ainda baixo de realização de exames nas pessoas que convivem no mesmo domicílio com os portadores da hanseníase, faz-se necessário que enfatizemos nosso trabalho, sempre primando pelo esclarecimento ao cidadão, enfatizando o diagnóstico precoce, com a realização de busca ativa por casos novos”, disse Raulinna.

A Coordenadora frisou que a Semana de Combate à Hanseníase tem como atividades primordiais: palestras em sala de espera, disponibilização de atendimento médico e de enfermagem para casos suspeitos com prioridade e distribuição de folders pelos agentes de saúde em visitas domiciliares.

Durante o ano de 2014 foram realizados diversos trabalhos de sensibilização dos agentes para que os mesmos, em suas visitas domiciliares, realizem buscas de novos casos de Hanseníase. “Celebramos o dia Mundial de Combate à Hanseníase no último domingo de janeiro (25). Estaremos empregando ações especiais nesta semana, porém, continuaremos a desenvolver os trabalhos do Projeto até abril. Nosso foco é descobrir novos casos e providenciar o tratamento, que pode durar de seis a 12 meses, com mediação gratuita ofertadas nas USFs”, pontuou a enfermeira e assessora do Projeto de Ações Inovadoras em Hanseníase, Thayane Reis Lima Souza.

Como saber?

A Hanseníase é identificada como uma mancha esbranquiçada na pele, com insensibilidade ao calor e ao frio. No caso de suspeita da doença, o cidadão deverá procurar uma Unidade de Saúde da Família (USF) para consultar um especialista. A transmissão acontece pelo contato prolongado com as vias respiratórias do paciente doente. Por isso, toda a família em contato direto deverá passar por exame. O tratamento é simples, mensal e ofertado nas próprias USFs. Os pacientes que não tratarem a doença poderão apresentar sérios problemas motores e ou neurológicos.