Enquanto a maioria revigora as energias gastas no carnaval, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Enedina Bonfim realizou, na tarde da última terça, 24, o RessaCRAS, evento que reuniu os grupos de convivência de crianças, adolescentes e idosos do bairro América em uma festa exclusiva promovida pela Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas).
A festividade, que reuniu mais de 70 pessoas, lotou o salão recém reformado do equipamento social. “Enquanto os outros estão em casa reconstruindo as energias e passaram todos esses dias curtindo, saindo e viajando, nós estávamos em casa aguardando com expectativa o nosso RessaCRAS, esta festa exclusiva que recebeu, aqui na unidade, além dos grupos cadastrados, simpatizantes do bairro que também são convidados para compartilharem esse momento conosco”, afirma a coordenadora do CRAS Enedina, Elisabete Ribeiro.
Trabalho com amor
Para Maria Eide da Silva, participante do grupo de idosos há mais de cinco anos, a receita para que o idoso se mantenha feliz é estar em atividade. “Estar no CRAS é terapia para a gente. Não existe um local que trate melhor o idoso do que aqui. A coordenadora é uma mãe e abraça todos como filhos. Faz tudo com amor como essa festa maravilhosa”, ressalta Eide.
A busca pelo entretenimento e carinho das profissionais do CRAS Enedina também transformaram a história de José Bispo dos Santos, 87 anos. Após uma visita rotineira das técnicas do Enedina pelas ruas do bairro América, o idoso foi encontrado morando com as duas filhas. “Ele estava em casa sentado em uma cadeira vendo a vida passar. Quando me viu foi aos prantos. Eu perguntei se ele queria retornar ao grupo e ele disse que era o que mais queria na vida. A partir de agora, toda semana iremos buscá-lo para participar das atividades, já que ele está com um problema no joelho e não consegue andar direito. O bom da vida é viver e para viver não existe idade”, revela emocionada a coordenadora Elisabete que trabalha com idosos há mais de 20 anos.
E, após mais de dez anos afastado do grupo de idosos, o retorno às atividades reconstruíram o sorriso de José Bispo. “Eu estou muito feliz de estar aqui participando dessa festa e voltando ao CRAS. Aqui eu sou feliz e agora não deixo de vir mais. Elas disseram que vão me buscar em casa”, diz.
Recomeço também é palavra de ordem para o idoso Roberto Silva, 67 anos. Após iniciar um namoro há seis meses com Geni Reis Guimarães, participante do grupo, Roberto passou também a ir ao CRAS com a nova namorada. “Faz tempo que eu não curtia o carnaval, mas ela (a namorada) me trouxe para o CRAS e estou gostando muito. Desde a primeira vez que estive aqui fui muito bem recebido por todos. Quero recomeçar minha vida”, conta Roberto.
