Na tarde desta sexta-feira, 27, foi realizada mais uma aula do "I Curso em Tecnologia de Aplicação de Inseticidas e Segurança no Trabalho para Agentes de Combate às Endemias". O encontro aconteceu na Escola Técnica do SUS e contou com a participação de mais de 40 agentes de endemias de Aracaju. Desta vez, as aulas teóricas serviram para apresentar aos agentes como proceder com a doença da raiva, que acomete cães e gatos.
O médico veterinário do Centro de Controle de Zoonose de Aracaju, Carlos Henrique, orientou os agentes sobre os principais sintomas, as formas de apresentação da doença e alertou para a prevenção pré-exposição. "Apresentei aos agentes alguns gráficos com o número de casos de raiva dentro do município de Aracaju e falei como se prevenir da doença, pois os agentes estão expostos, quando entram nas casas procurando os focos de dengue e das outras endemias. Eles acabam esquecendo que em algumas casas possuem animais e que eles precisam se prevenir. O importante é fazer a vacinação pré-exposição, antes de ser agredido, para iniciar o tratamento mais rápido possível, pois o vírus da raiva é um vírus 100% letal", explicou o médico.
Carlos Henrique ainda destacou que o município de Aracaju realiza uma vigilância da raiva. "Os animais que morrem por canta da raiva, que são atropelados em via publica, ou animais que agridem e depois morrem também devem ser examinados para fazer o diagnóstico da raiva e tudo isso foi explicado aos agentes", disse.
Álvaro Fernando, que trabalha há 6 anos como agente de endemias, acha produtivo esse curso de preparação, para atualizar sobre todas as doenças. "Com o curso nós conhecemos todas as endemias, essa doença da raiva, por exemplo, eu não sabia como proceder quando chegava nas casas e encontrava cães e gatos e agora já sei o que fazer. Pois é importante orientar a população sobre todas as doenças, a esquitossomose, calazar e também a raiva. O curso é válido para o nosso trabalho diário", afirmou.
A agente Eliene Batista falou que desde a primeira aula muitas doenças já foram vistas. "Estamos nas aulas teóricas e entendendo cada doença, ainda não entramos na parte de aplicação dos inseticidas, mas estou achando importante conhecer cada doença, para não confundir os sintomas. Eu já entendo várias dessas de endemias, mas com o passar dos anos, a gente confunde os sintomas. Então é sempre importante relembrar e também conhecer as doenças novas, como a chickungunya , que a gente precisa entender a diferença", pontuou a agente.
A coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Débora Moura, também palestrou para explicar como realizar o tratamento da doença e como proceder na pré-exposição e na pós-exposição. Lembrando que os animais podem ser vacinados no Centro de Controle de Zoonose, na Av. Doutor Carlos Rodrigues da Cruz, 60, no bairro América. Já os agentes de endemias podem fazer a vacinação nas Unidades de Saúde da Família.
