Especial Saúde: Aracaju mantém combate efetivo contra Dengue e Chikungunya

Saúde
02/03/2015 18h17

Os meses de janeiro e fevereiro foram de trabalho intenso para o Programa Municipal de Controle da Dengue. Além das ações rotineiras de visitas dos agentes de endemias às resistências dos aracajuanos, a Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Aracaju (setor que coordena o Programa Municipal de Controle da Dengue) realizou diversos mutirões de combate ao mosquito Aedes aegypti (transmissor da Dengue e da Febre Chikungunya).

O ano de 2015 começou com o lançamento do "I Curso em Tecnologia de Aplicação de Inseticidas e Segurança no Trabalho para Agentes de Combate às Endemias", com o objetivo de qualificar o trabalho e a atuação dos agentes em relação a todas as endemias. A diretora de Vigilância em Saúde Tereza Cristina Maynard reforçou que todas as ações foram fundamentais para que houvesse um alerta geral contra a Dengue e também contra a Febre Chikungunya.

"Janeiro e fevereiro foram meses preocupantes por conta do clima propício para a multiplicação do mosquito. Porém, nosso trabalho é constante, no decorrer de todos os meses do ano para controlar possíveis focos das doenças. Temos que esclarecer que no último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), Aracaju apresentou 1.3, o que significa alerta médio. No mesmo período no ano passado, o índice chegou a 2.4. Essa redução se deve ao trabalho conjunto entre nossos agentes de endemias e a população aracajuana que vem compreendendo a importância de se precaver destas doenças", disse Tereza.

Além das ações dentro das casas dos aracajuanos, as equipes que trabalham nas Unidades de Saúde da Família de Aracaju redobraram sua atenção, notificando os casos suspeitos de Dengue e a Febre Chikungunya a partir da entrada dos pacientes com suspeita das doenças nas Unidades de Saúde de Aracaju e nas Unidades de Pronto Atendimento. Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Raulinna Gomes, nos dois primeiros meses de 2015 foram notificados 406 casos, sendo confirmados 47.

"No último LIRAa, os bairros mais preocupantes foram: Olaria, Capucho, (ambos com LIRAa de 2.7) e São José, Pereria Lobo, Suíssa e Cirurgia (com 2.5). O Programa Nacional de Combate à Dengue, em suas pesquisas, estipulou que 2% da população aracajuana possa ter dengue em 2015 até o final do ano (algo em torno de 12 mil pessoas), porém, nos dois primeiros meses deste ano, os números foram abaixo do esperado, o que mostra que estamos combatendo bem estas doenças", explicou Raulinna.

Força Tarefa

Em janeiro e fevereiro aconteceram mutirões especiais nos bairros: Cidade Nova, Getúlio Vargas e Ponto Novo. Batendo de porta em porta, os agentes realizaram vistorias dentro das casas, conversaram com moradores sobre riscos e prevenção. Os profissionais de endemias realizam diariamente ações nas comunidades e aos sábados intensificaram os trabalhos. "Levamos os agentes de endemias aos locais mais preocupantes. Esse é um trabalho que a Saúde de Aracaju realiza constantemente, sempre pedindo o apoio da população, que precisa ser também um vigilante constante para conter estas doenças", frisou Raulinna.

Visando orientar ainda mais o cidadão, a Saúde de Aracaju promoveu em fevereiro o "Dia D de combate a dengue e chikungunya". A ação foi lembrada com a promoção de atividades educativas com panfletagens em pontos de informação instalados no Shopping da capital, para orientar à população sobre os hábitos essenciais na prevenção do surgimento de focos do mosquito Aedes aegypti. As pessoas puderam tirar todas as dúvidas  sobre os hábitos preventivos, sobre as doenças, seus riscos para saúde, sintomas e locais onde podem buscar atendimento do SUS para casos suspeitos. Para denúncias de focos do mosquito e outras informações, ligar para (79) 3179-1000.

Ações de combate

O coordenador de campo do Programa Municipal de Combate à Dengue, Elielson Lima Rodrigues pontuou que o trabalho dos agentes nas ruas continua baseado na eliminação dos focos do mosquito, porém orientando o cidadão quanto aos perigos. "Durante nossas visitas empregamos larvicida nos focos do mosquito Aedes aegypti. Os agentes vão batendo de porta em porta e realizando um verdadeiro raio-x dentro das casas, monitorando cada canto e possíveis reservatórios de água parada", afirmou Elielson, frisando ainda que "as pessoas deixam muitos reservatórios de água parada, sem limpeza constante. O que torna esses locais verdadeiros criadouros de larvas do mosquito".  

Tereza Cristina Maynard reforçou que nos dois primeiros meses de 2015, a maior preocupação encontrada pelos agentes de endemias se revelou nos reservatórios de água. "Registramos 78% dos focos do mosquito Aedes aegypti em lavanderias e reservatórios de água parada. As pessoas precisam limpar sempre, prestando atenção e eliminando focos", informou.

Para que o combate às doenças seja eficaz, cada morador deve colaborar com as equipes, mantendo quintais limpos e organizados com garrafas e recipientes guardados de cabeça para baixo. As lavanderias, tanques e reservatórios de água devem permanecer tampados ou cobertos com telas de proteção e devem ter as paredes internas higienizadas com escovas, de modo a impedir que ovos depositados pelo mosquito fiquem grudados nas paredes internas.

Pneus

Numa parceria entre o Programa Municipal de Controle a Dengue (PMCD), Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e Associação Nacional de Indústria de Pneumáticos (Anip), Aracaju possui um sistema de coleta de pneus destinados à reciclagem em constante trabalho. Em janeiro foram coletados 5.959 pneus e em fevereiro foram 3.931. Este serviço contribui para criadouros em potencial sejam destruídos.