Nesta sexta-feira, 27, a Saúde de Aracaju divulgou o segundo Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2015. A coletiva foi realizada no auditório do Centro de Especialidades Médicas (Cemar) Siqueira Campos e contou com a presença da diretora de Vigilância em Saúde, Tereza Cristina Maynard, da coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Raulinna Gomes e da coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Taíse Cavalcante. Na pesquisa do 2º LIRAa do ano, foi detectado que o índice de infestação do mosquito é 2.0, que é considerado médio risco ou alerta. Comparado ao mesmo período do ano passado, houve uma diminuição de 0,9 do indicador.
De acordo com a Diretora de Vigilância em Saúde, Tereza Cristina Maynard, no primeiro LIRAa do ano, divulgado em janeiro, o índice foi 1.3 e neste segundo levantamento o índice subiu para 2.0. "Esse aumento já era esperado, considerando fenômenos naturais como o período de chuva. Houve uma elevação do índice, no primeiro trimestre de 2015, com um aumento de casos notificados da doença, comparado ao mesmo período do ano passado. Em 2014, dos 261 casos notificados foram confirmados 128, e este ano, até o dia 25 de março foram realizadas 803 notificações e 198 foram confirmadas. É necessário permanecermos em alerta para as medidas preventivas de controle da doença".
A coordenadora do Programa de Controle da Dengue, Taíse Cavalcante, reforçou que o LIRAa é realizado pelo Programa de Controle da Dengue a cada dois meses, com o objetivo de diagnosticar a infestação do Aedes em cada bairro de Aracaju, para planejar as ações de campo direcionadas ao problema encontrado. "Este ano estamos conseguindo aumentar o número de bairros com baixo índice para 167% comparado ao ano passado, de três bairros que tinham baixo risco, agora temos oito. Os bairros com médio risco, que ano passado eram 34, agora são 32, tendo como principais os bairros Santa Maria, com índice de 3.6, 18 do Forte, com 3.3 e 17 de Março, com 3.0", disse.
Taíse Cavalcante ainda destacou que dois bairros de Aracaju estão com risco de epidemia. "Ano passado eram cinco bairros com risco de epidemia e este ano foram dois, que são os bairros Aeroporto e Atalaia, ambos com índice de 4.0. E nossa preocupação ainda é com esses bairros. Percebemos que a maioria dos criadouros do mosquito ainda é em lavanderias e caixas d'água, além dos depósitos domiciliares, como vasos de plantas, ralos e lajes. Os quintais das casas continuam tendo um índice de infestação preocupante, mais até do que os terrenos baldios. É por isso que a população deve ficar em alerta e fazer a sua parte, não deixando água parada em recipientes guardados em quintais. São os pequenos cuidados que evitam a proliferação, porque além da dengue, o mosquito também pode transmitir a Febre Chikungunya", ressaltou a coordenadora enfatizando que não houve até o momento, registros de casos da febre na capital sergipana.
Ações de intensificação
Além de reforçar as ações de rotina nos bairros, o município de Aracaju está mobilizando todas as equipes de combate a dengue em mutirões que acontecem nos finais de semana. No último sábado, 21, já foi realizado mutirão no bairro Aeroporto e amanhã, 28, o mutirão acontecerá no bairro Atalaia. A Saúde de Aracaju também solicitou ao Estado a aplicação do Fumacê em 23 bairros.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Raulinna Gomes, explicou que ainda estão sendo realizadas reuniões com os profissionais dos hospitais públicos, privados e das Unidades de Saúde da Família (USF), para orientar sobre a dengue e Chikungunya, realizando parcerias no combate à doença. "Estamos intensificando as ações de educação no controle da dengue com os profissionais e também estamos realizando parcerias com o Programa Saúde na Escola (PSE) para realizar ações educativas com as crianças. Além da parceria com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) para intensificarmos a limpeza domiciliar", destacou.
Outra ação inovadora da Saúde de Aracaju para combater a infestação do Aedes aegypti é realizar aplicação de bloqueio de transmissão do mosquito com o fumacê nos quintais das residências. Essa ação acontecerá principalmente nos bairros com maior infestação do mosquito e também nos bairros com maior incidência da doença.
