Acompanhamento familiar é tema de capacitação para técnicos dos CRAS

Assistência Social e Cidadania
24/04/2015 13h19

O reconhecimento da importância da família a coloca como instituição central na Política Nacional de Assistência Social. Pensando nisso, a Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas), através da coordenadoria de Proteção Social Básica, promoveu capacitação com foco no ‘Atendimento/Acompanhamento das Famílias em grupo’ para os técnicos que atuam nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) localizados nos municípios de Aracaju.  O curso aconteceu na sala de reuniões do Centro Administrativo Aloísio Campos, na manhã desta sexta, 24, e segue até a tarde.

Na oportunidade, os técnicos apresentaram as vulnerabilidades identificadas nos âmbitos da gestão municipal em parcerias com outras políticas públicas e nos âmbitos do CRAS e do PAIF (Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias). Em pauta, o monitoramento das condicionalidades que permitem identificar riscos e vulnerabilidades que dificultam o acesso das famílias aos serviços sociais.

De acordo com a gerente municipal do PAIF, Elze Angélica Barreto, todas as famílias que vivem situações de vulnerabilidade e/ou risco social podem estar nos grupos. “No acompanhamento familiar em grupo não precisa haver necessariamente o descumprimento de condicionalidades para o recebimento do Bolsa Família que foi o ponto de maior discussão aqui, pois 50% das famílias que tiveram o benefício suspenso devem ser acompanhadas pelo PAIF. É importante ressaltar que esse acompanhamento pode ser de qualquer situação de vulnerabilidade ou risco social que a família esteja enfrentando”, afirma.  

Estratégias

A fim de colocar em prática o acompanhamento em grupo, o psicólogo Reginaldo Vieira, técnico que atua no CRAS Porto D’Anta, explanou sobre estratégias de atendimento e encaminhamento condizentes com as seguranças afiançadas pela política de assistência social. “O acompanhamento familiar em grupo é o carro-chefe do PAIF. Famílias em situação de vulnerabilidade em comum reunidas para buscar estratégias de superação. É um grupo que é reunido não para discutir temas, mas com um objetivo que é superar a vulnerabilidade vivenciada”, destaca o psicólogo.

O bloqueio do Bolsa Família foi colocado como estudo de caso, na ocasião. A situação foi relatada pelos técnicos como exemplo para um acompanhamento das famílias em grupo que vivem, atualmente, esta realidade. “Usamos esse exemplo do Bolsa Família porque é algo que pode gerar insegurança alimentar, já que ele é muitas vezes a única renda das famílias. Então, buscaremos uma solução em comum para saber porque o benefício foi suspenso e o que pode ser feito”, analisa também Reginaldo Vieira.  

A Semfas vem, continuamente, capacitando os técnicos que atuam nos CRAS da capital sergipana. A próxima capacitação ocorrerá no mês de maio e terá como tema o Cadastro Único e o Bolsa Família com foco no uso de suas ferramentas: o Sistema de Condicionalidades do Programa Bolsa Família ( Sicon) e o Sistema de Benefícios ao Cidadão (Sibec).