“É muito bom poder fazer cursos no CRAS. A gente não fica parada e ainda pode ganhar dinheiro com o que aprende”, afirma Júlia Ladislau da Silva, moradora do Augusto Franco, que já participou de mais de dez cursos promovidos pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Antônio Valença, em parceria com a Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat). Esta semana mais um cronograma de cursos livres que ocorreram nos equipamentos sociais no mês de abril foi finalizado. Com carga horária de 20 horas, os cursos formaram cerca de 100 alunos em Bolsas Finas, Material Reciclado, Pintura em Tecido, Atendimento ao Cliente e Bijuteria.
Promovidos pela Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas), em parceria com a Fundat, os cursos movimentam o dia a dia dos CRAS da capital sergipana. Além dos serviços promovidos normalmente nos Centros de Referência, a comunidade ocupa os equipamentos sociais em busca de novas oportunidades. “Os cursos são bastante procurados nos CRAS e, nesta gestão, temos todo o respaldo para trazer à população novas formas de gerar renda. Muitos professores da Fundat que lecionam nos cursos também já foram alunos e isso motiva ainda mais quem participa, pois mostra que é possível transformar a realidade através de novos aprendizados”, destaca a gerente municipal do Pronatec, Tânia Melo Bomfim.
Cursos livres
Caracterizados por serem de curta duração, os cursos livres têm como foco o empreendedorismo. Na bagagem, além do aprendizado, os cursos estimulam o participante a gerar renda de maneira fácil e acessível. “No nosso curso transformamos o material reciclado em arte para que os nossos alunos possam vender esse trabalho. Usamos coisas que, geralmente, vão para o lixo, como garrafa PET, CDs, vidro, garrafas e telhas”, revela o artista plástico Manoel Jeronymo, responsável pela capacitação ocorrida no CRAS Santa Maria.
Ana Clécia Gomes, moradora do Santa Maria, enaltece as ações de promoção de cursos livres nas comunidades. “Gostei muito do curso. Eu não trabalho e isso também é terapia para mim. Perto de casa, aprendo coisas novas e ainda posso entrar no ramo, quem sabe, e virar uma artista plástica. Por que não?”, diz Ana Clécia, cheia de planos após a conclusão do curso de material reciclável.
Como os cursos são formados, em sua maioria, por mulheres, há um direcionamento para as artes manuais. Bijuterias, bolsas finas e pintura em tecido são algumas das capacitações solicitadas nos equipamentos. “Começamos com o curso iniciante de bijuterias, mas muitas têm um aproveitamento tão bom que elas pedem para que haja a continuidade no intermediário e avançado. O acabamento das bijuterias que elas fizeram está perfeito. Estão prontas para vender. O curso chama a atenção até de outras pessoas da comunidade que vêm apenas para assistir”, comenta a professora Marlene da Anunciação, instrutora do curso de bijuteria ocorrido no CRAS Antônio Valença.
Em 2015, os cursos livres estão sendo promovidos de forma contínua nos CRAS da capital. No mês de maio, as próximas capacitações ocorrerão nos CRAS João de Oliveira Sobral (Bijuteria); Inclusão Produtiva e CRAS Carlos Hardman (Patchwork); CRAS Benjamim Alves e Pedro Averan (Bolsas Finas); CRAS Risoleta Neves (Arte em bonecas); e CRAS Enedina Bomfim (Artesanato Junino). Os cursos têm início no dia 15 de maio. Para participar basta ir ao CRAS de referência e solicitar a inscrição que é gratuita. Ao final dos cursos, os alunos receberão certificado de conclusão da capacitação.
