A Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), órgão vinculado à Secretaria Municipal da Família e Assistência Social (Semfas), realizou na manhã desta sexta-feira, 15, o I Seminário "Autonomia da Mulher". O evento aconteceu no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac/SE) e contou com as palestras da juíza responsável pela Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE), Adelaide Maria Martins Moura, e do diretor regional do Senac/SE, Paulo do Eirado Dias.
De acordo com a presidente da Fundat, Gláucia Guerra, a ideia do seminário surgiu como uma forma de consolidar a parceira de sucesso iniciada no ano passado com o TJSE. Através da Coordenadoria da Mulher, os cursos de qualificação profissional ofertados pela Fundat são oferecidos às mulheres atendidas pelo poder Judiciário. Instrutores e alunos dos cursos, assim como funcionários da Fundat e do Senac, também participaram do evento.
"É importante que eles [instrutores] conheçam a temática, saibam como lidar e como contribuir para o empoderamento dessas mulheres vítimas da violência em geral, e especialmente da violência doméstica, para que elas alcancem a autonomia financeira e social através da qualificação", explica Glaucia, que aproveitou para enaltecer o sucesso do evento. "Não tenho dúvidas de que os nossos palestrantes vão conseguir mobilizar e sensibilizar público presente para contribuir, realmente, com o sucesso do combate a violência contra a mulher", garante a presidente.
Palestras
Com o tema "Diga não à violência contra a mulher, uma questão de justiça", a juíza Adelaide Moura ressaltou que a problemática em questão está ligada a uma cultura não somente brasileira, mas a uma cultura do homem. "Transformar toda essa genética é um processo, ela requer tempo, requer história, e hoje somos integrantes, parte dessa história, de procurar transformar essa realidade que é tão triste e injusta", afirma Adelaide.
Já o diretor regional do Senac/SE ministrou palestra com a temática "O empoderamento da mulher por meio da formação profissional - uma questão de atitude". Segundo Paulo do Eirado, o conhecimento aliado à atitude é uma ferramenta eficaz de transformação que reflete na autoestima. "Com certeza a nossa ação sempre se dirige para o futuro, e isso é uma forma de fazer a esperança acontecer, fazer um mundo melhor. Isso é muito saudável nesse sentido", avalia.
Participante do seminário, a assistente social Quênia Gouveia acredita na relevância do papel da mulher na sociedade, não só como ser humano, mas como profissional. "A autonomia da mulher é importante, a mulher assume vários papéis na vida, como mãe, profissional e, ao longo da sua história, ela conquistou isso, e faz com que a gente se torne dona do próprio ser", diz Quênia.
