Saúde de Aracaju participa de Webconferência sobre Zika Vírus

Saúde
21/05/2015 15h12

Na manhã desta quinta-feira, 21, profissionais da Saúde de Aracaju participaram de uma Webconferência, promovida pelo Ministério da Saúde para falar sobre o Vírus Zika.  Os participantes tiveram a oportunidade de saber e tirar dúvidas sobre esta doença recém-chegada no Brasil.

Segundo o palestrante, coordenador geral do Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde, Wanderson K. de Oliveira, ainda não existe em todo o mundo um kit de sorologia disponível no mercado que possa identificar esse vírus. Porém, já foi identificado em Belém do Pará, pessoas com suspeita dessa doença. Até o momento, nenhum caso foi identificado em Aracaju, conforme dados da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica.

Raulinna Gomes, coordenadora da vigilância Epidemiológica de Aracaju, falou sobre a importância dessas videoconferências realizadas pelo Ministério da Saúde. “Desde a semana passada estamos tendo esses encontros, onde a gente pode convidar tanto servidores da Vigilância Epidemiológica, como das outras redes, como Rede de Atenção Primária e dos programas, com o intuito de esclarecer sobre essa doença. A gente, no momento, ainda não tem caso notificado no município e também tem a dificuldade do suporte de diagnóstico, com foi dito pelo palestrante, devido à falta de comercialização de kits de sorologia”.

Segundo Raulinna, o palestrante trouxe um norteador de como deve proceder a Vigilância Epidemiológica em relação ao Zika. “Alguns formulários serão cedidos pelo Ministério da Saúde, para estarmos identificando pessoas que de repente apresente os sintomas de um quadro clínico sugestivo da doença”, disse, informando ainda que a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Taíse Cavalcante, já está preparando uma capacitação para os agentes de Endemias, no sentido de orientá-los sobre o Zika Vírus.

A coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Taíse Cavalcante, explicou que febre não é o principal sintoma da doença. “O que surgem são manchas pelo corpo, muito prurido, uma hiperemia conjuntival, com vermelhidão nos olhos sem secreção e sem coceira, diferente de uma conjuntivite e outros sintomas. Mesmo assim, a atenção é para que os médicos tratem os pacientes , em princípio como suspeita de Dengue, pois é uma doença muito mais grave e que pode levar a óbito”, informou Taíse.

A coordenadora de Combate à Dengue alertou sobre a importância de combater os focos da Dengue, pois a febre do Vírus Zika também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da Dengue. “Alertamos a população para evitar focos da Dengue, principalmente neste período de chuvas, propício ao aparecimento do mosquito, evitando água parada, limpando sempre a casa e o quintal, eliminando objetos que possam acumular água”, reforçou Taíse Cavalcante.