Saúde de Aracaju participa de roda de conversa com transexuais e travestis

Saúde
28/05/2015 17h48

O Programa de Redução de Danos (PRD) da Saúde de Aracaju realiza um trabalho constante com a população de rua e trabalhadores do sexo, dentre outros grupos vulneráveis. Por esse motivo, a equipe também é convidada para participar de bate-papos. O último deles aconteceu na noite de terça-feira, 26, na praça General Valadão, centro da capital, quando os integrantes do programa participaram de uma roda de conversa com travestis e transexuais.

O bate-papo foi promovido pela Associação de Travestis e Transexuais na Luta pela Cidadania (UNIDAS), uma organização sem fins lucrativos que existe há 17 anos e tem como principal função lutar pela garantia dos direitos dos transexuais e travestis. A atividade contou com a participação de cerca de 30 pessoas.

Segunda a presidente da UNIDAS, Jéssica Taylor, esses encontros são muito importantes. "Realizamos sempre esses encontros, com o intuito de esclarecer dúvidas das meninas, que não têm muitas opções de orientação. Por isso sempre realizamos esses debates na praça General Valadão, pois muitas trabalham no Centro da cidade e não têm condições de se locomoverem até a UNIDAS", informou a presidente.

A presidente salienta a importância dessa parceria com a Estratégia de Redução de Danos. "Para as travestis e transexuais foi muito importante receberem orientações sobre o uso da camisinha, como se prevenir de doenças, saberem dos riscos de usarem álcool e outras drogas e como evitar tudo isso, além de esclarecer outras dúvidas", argumentou Jéssica Taylor.

O coordenador de Estratégias de Redução de Danos, Wagner Mendonça de Moraes, salientou a importância de participar desses debates. "Para nós que trabalhamos com redução de danos, participar desses debate é fundamental para conhecer de perto as dificuldades e dúvidas desse grupo, podendo assim realizar ações mais especificas e que surtam mais efeitos, dessa forma podemos ajudá-las da melhor forma", relatou.

De acordo com Wagner Mendonça, esses debates acontecem antes delas irem trabalhar enquanto profissionais do sexo. "O bom é que esses debates ocorrem de forma aberta, onde todas podem participar e antes delas irem trabalhar, dessa forma podemos orientá-las melhor sobre a prevenção de doenças, o consumo do álcool e outras drogas", explicou.