O jovem Raphael Costa ainda não conhecia o Centro de Apoio ao Trabalhador e Empreendedor (Cate). Até que, este mês, decidiu que era a hora de visitar o nº 268 da Rua Serafim Bonfim, no Bairro Santos Dumont. "Vim fazer o cadastro de currículo, fui comunicado sobre o curso e fiz a inscrição", relata. Agora, aos 19 anos, ele já tem em mãos um certificado de qualificação em curso livre: Raphael foi um dos quinze alunos da primeira turma de Educação Empreendedora e Financeira ofertada pela Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat).
Durante as aulas, o grupo pôde se familiarizar com as características do empreendedorismo, a montagem dos planos de negócio e noções financeiras. O conteúdo tratou ainda dos estudos mercadológicos em torno da viabilidade dos investimentos, incluindo questões estruturais e de faturamento. "É uma grande oportunidade que eles estão tendo, possibilitando que se desenvolvam", afirma a instrutora e psicóloga organizacional Alessandra Lobo.
Fornecer aprendizado aos aracajuanos interessados em gerenciar o próprio negócio é uma das premissas da Fundat. Igo Ferreira, de 24 anos, integra este grupo. "Fiz o curso de Técnica em Vendas e soube desse. Estou aproveitando ao máximo, me aperfeiçoando tecnicamente". Além de assistir às aulas, Igo aproveitou os serviços do Centro de Apoio e deu entrada ao processo de formalização como Microempreendedor Individual (MEI). "Tenho pretensão de abrir uma empresa no ramo de estamparias em camisetas", informa.
Proprietária de uma pequena loja de material hidráulico e elétrico, Jacqueline Deize é MEI desde 2009. "Fiz o curso para dirigir melhor a loja e me aprimorar", explica a microempresária, que passará a ter uma nova mentalidade administrativa. "A gente aprende que precisa anotar tudo o que entra e sai, a fazer um controle maior dos gastos", diz Jacqueline, disposta a instalar uma caixa registradora em seu estabelecimento.
Há quem pretenda montar um novo negócio ou melhorar algum já existente. Por outro lado, a turma de Educação Empreendedora e Financeira também acolheu quem estava em busca de fortalecimento para o mercado de trabalho. Como aquele jovem que precisará voltar ao Cate para, desta vez, atualizar o campo de qualificações do currículo recém-cadastrado. "A gente tem que saber se adequar, lidar com as situações, contornar os obstáculos. Ganhando experiência nessa área, fica mais fácil arranjar emprego", argumenta Raphael Costa.
Primeiro passo
