Presidente da Funcaju é homenageada durante VII Seminário Nacional

Cultura
31/07/2015 16h31

A manhã do último dia do VII Seminário Nacional de Ações Integradas em Folclore, 31, foi marcada pela homenagem à Presidente da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), Aglaé Fontes, recebido pelos integrantes da Comissão Nacional de Folclore. Em nome da Comissão, o pesquisador Severino Lucena, entregou a Aglaé duas orquídeas que simbolizam o amor e gratidão, que os 30 palestrantes tem pelo trabalho desenvolvido pela presidente.

“Nós queremos agradecer por toda a recepção e a parceria da Prefeitura Municipal de Aracaju para a realização desse evento, que é de extrema importância não só pelo conteúdo debatido, mas principalmente pela oportunidade de fortalecer as tradições folclóricas” completou.

Emocionada, a presidente da Funcaju, disse que essa é a verdadeira função de uma Fundação Cultural. “Nosso compromisso é promover a cultura popular, através de eventos como esse. Nossos festejos são voltados para a promoção do saber, do cantar, dos mitos. O nosso compromisso é enaltecer a cultura que é do povo. Está semana reunimos inúmeros estudiosos de todo o país e conseguimos trazer o sergipano para discutir aquilo que é seu. Isso realmente me deixa muito feliz”, falou emocionada.

Palestras

Além da homenagem, os participantes puderam apreciar três palestras motivadoras. Entre elas a do sergipano Jackson da Silva que abordou o tema ‘O valor da oralidade’. O professor e folclorista encantou o público com as histórias de canções e brincadeiras populares. “A língua é um fenômeno histórico e existe uma etimologia popular. O povo se apropria e dá sentido, você vai ser isso na oralidade e até na linguagem escrita. Por exemplo, antes tinha o avô, o bisavô e o tetravô que com o desdobramento da língua passou a ser tataravô. E isso foi legitimado pela escrita”, fala.

O pesquisador fez uma homenagem a Dona Caçula de Maruim e Lió de Neópolis, duas grandes figuras na sua jornada pesquisando a cultura popular, enfatizando o valor das tradições e transmissão oral desses conhecimentos. Profundo conhecedor da cultura sergipana, ele dispõe de uma extensa coleção de milhares de gravações de artistas e grupos populares, além de uma longa bibliografia formando um rico acervo dedicado ao folclore e à cultura popular.

Além de Jackson, também se apresentaram José Fernando Souza, pesquisador da Comissão Pernambucana de Folclore, com a palestra “O fato folclórico refuncionalizado” e a conselheira da Comissão Nacional de Folclore, Lélia Nunes, com “A cultura popular e a contribuição da diáspora”. A tarde segue com as oficinas.