Presidente da Fundat palestra sobre o papel da mulher como profissional

Formação para o Trabalho
27/08/2015 14h57

Sob os olhares atentos e dispostos a aprender, a presidente da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), Gláucia Guerra, ministrou para as moradoras do Bairro América, uma palestra intitulada “A Mulher no Mercado de Trabalho e seu Empoderamento”. O debate aconteceu nesta quarta-feira, 26, e fez parte do encerramento da “Terceira Campanha Socioeducativa: A importância da Mulher na Sociedade”, organizada pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Enedina Bomfim Santos, com o apoio da Secretaria da Família e Assistência Social (Semfas).

De acordo com a coordenadora do Cras, Elisabete Ribeiro, o objetivo do evento, iniciado no dia 24, é informar sobre as questões referentes à luta pela garantia e defesa dos direitos das mulheres. “Elas saem fortalecidas, valorizadas e conscientes de que são capazes. A luta não é contra os homens, mas para que a gente tenha uma sociedade mais justa e igualitária”, esclarece Elisabete.

A presidente da Fundat, Gláucia Guerra, destaca a relevância da mulher no ambiente social e a força que ela possui para enfrentar as dificuldades do dia a dia. “A mulher só adquire a consciência do seu papel no mercado de trabalho, por meio da qualificação profissional, e principalmente pela própria atitude de cidadã consciente dos seus direitos e deveres na sociedade”, acentua Gláucia.

Fundat em ação

A Agência do Trabalhador, setor da Fundat responsável por encaminhar o cidadão ao mercado profissional, esteve presente no encontro oferecendo diversos serviços, como a emissão de Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), o cadastro de currículo, instruções e formalização de Microempreendedores Individuais (MEIs), além de orientações acerca dos direitos trabalhistas.

Danielle de Jesus, de 26 anos, confecciona peças artesanais feitas com emborrachado, que são vendidas por encomenda e nas feiras livres. Ela aproveitou o evento para formalizar o negócio e tornar-se uma MEI. “Há muito tempo eu queria [formalizar] e quando chegou a oportunidade, decidi fazer”, conta Danielle, que apreciou a temática discutida na palestra. “É muito importante porque só assim quebra mais o preconceito com a mulher”, diz.

Adriana Alves, de 26 anos, relembra que foi por meio da Fundat que ela ingressou formalmente no mercado de trabalho, atuando como adolescente aprendiz. Atualmente ela está desempregada, e por esse motivo veio cadastrar o currículo provando que não deseja permanecer nesta situação por muito tempo. “A Fundat está oferecendo muitas oportunidades para a mulher e o adolescente”, salienta Adriana.

Mulheres vitoriosas

As artesãs Kátia Costa, de 28 anos, Andrea Nascimento, 34, e Regina de Jesus, 49, são alunas egressas da Fundat. Elas foram convidadas a compartilhar com o público a respeito da importância e influência dos cursos livres ofertados pela Fundação para a vida e carreira profissional de cada uma. Através deles, elas adquiriram a autonomia financeira. “A minha renda aumentou, e trabalhar com o que a gente gosta dá prazer. Quando vejo minhas peças prontas e vendidas é a maior satisfação, agora quero fazer a carteira de artesã para futuramente ser instrutora”, relata Kátia, que em parceria com Andrea, confecciona e vende variados tipos de artesanato.

Com a nova ocupação, Andrea alcançou muito mais do que a independência financeira, ela recuperou o ânimo e conquistou ainda mais a admiração do marido. “A renda está ajudando em casa, nossa auto estima sobe quando uma pessoa elogia nosso trabalho. Todo curso da Fundat que tiver, eu estou dentro”, afirma Andrea que já está fazendo o curso de Biscuit no próprio Cras, juntamente com a sócia Kátia.

Regina de Jesus atua como instrutora na Fundat, mas também trabalha com encomendas artesanais. “A renda hoje está maravilhosa, hoje sou uma mulher independente e capaz de me manter sozinha através do artesanato. Agradeço primeiro a Deus, depois à Fundat por ser quem eu sou hoje”, celebra Regina.