Clodomir Silva realiza atividade lúdica em combate ao racismo

Cultura
23/11/2015 15h20

A Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), através da Biblioteca Municipal Clodomir Silva, preparou uma programação especial em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado na última sexta-feira, 20. Cerca de 30 alunos da Escola Sonho de Criança, participou da contação de história em homenagem à data.

Os olhos fixados nas contadoras Dulce e Ivani anunciavam o início da história “A menina bonita do laço de fita”. O conto, que tinha como intuito mostrar que as diferenças entre as cores não influenciam no caráter e tampouco no valor de cada ser humano, trouxe para os pequenos a narração sobre a vida de um coelho branco e uma menina negra. O coelho se apaixona e se encanta pela menina por causa da sua cor e, por admirar tanto a cor negra da menina, ele se casa com uma coelhinha negra, procriando filhotes de cores diversas.

Mas, a manhã não se limitou apenas a uma história. Os pequenos escutaram atentos também ao conto “Lolita Minhoca”, que falava sobre a história de uma minhoca que queria mudar de cor. Logo em seguida, as crianças foram incentivadas à prática da leitura relendo as histórias em conjunto com os demais colegas e discutindo-as. Além de participarem de atividades como “Cantando Cantigas de Roda” e “Era uma vez”.

A atividade teve como principal objetivo mostrar a diversidade das cores para as crianças e ressaltar que o ser humano é especial e importante, independente da cor da sua pele. Para a contadora, Ivanir Braz, é muito importante trazer as crianças para ouvir essas histórias. “Estamos vivendo em um mundo de muito preconceito e os pequenos precisam crescer em um mundo saudável, entendendo que todas as cores são aceitáveis. As histórias que trabalhamos hoje foi justamente para mostrar a essas crianças que não se deve ter preconceito com nenhuma cor ou mesmo com qualquer diferença quer seja de pele, religião ou costume”.

Ivanir disse ainda que a conscientização deve partir não somente da escola, mas principalmente do ambiente familiar, que é o responsável por incentivar o pensar dos pequenos. ”Conscientizando as crianças desde já é que elas vão crescer sabendo da diversidade de etnias, mas,  cientes de que todos são iguais e que elas devem respeitar o próximo. A contação é um estímulo pela luta dos direitos e deveres. É uma forma lúdica de dizer não ao preconceito”, concluiu.

A programação seguiu em outras unidade da Funcaju, a exemplo da Biblioteca Mário Cabral, onde também foram apresentadas as mesmas histórias para alunos de outras instituições.