Um sonho simples de ser realizado, mas que exige dedicação e, depois de cerca de 30 anos, o momento para essa realização está se aproximando. Trata-se de Adriana Sampaio Santos, de 41 anos, que está frequentando as aulas de violão ministradas na Escola de Arte Valdice Teles, unidade gerenciada pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju). O sonho: dedilhar um chorinho para o seu pai.
Adriana Santos, que é funcionária pública relatou que sempre foi apaixonada pelo violão e que, inclusive, chegou a estudá-lo há muitos anos. Diante de algumas intempéries, foi obrigada a desistir. Conta que o tempo passou e deixou incutida na mente o desejo de dominar a arte de tocar. A oportunidade surgiu quando teve o conhecimento dos cursos que a Escola de Arte Valdice Teles oferece. “Não perdi tempo. Fiz a minha inscrição e comecei a estudar”, lembrou.
Em poucos meses de aula, a funcionária pública já dedilha algumas canções, começa a dominar a leitura de cifras e primeiros acordes. “A música representa muita coisa na minha vida e, tocar violão tem um grande significado”, afirmou, acrescentando que está se dedicando para apresentar ao pai o que ele espera há muitos anos. “Acho que o sonho é nosso e está próximo de acontecer. O meu pai me apoia muito e estou em dívida com ele”, esclareceu.
Adriana Santos é aluna da professora Eliana Argolo, violonista há mais de 20 anos. Teve sua formação no Conservatório de Música de Sergipe e na Faculdade Paulista de Arte da Academia de Música de São Paulo (Feparte). A violonista também estudou com o seu pai professor Argolo e os professores Pedro Bueno Cameron e Henrique Pinto, ambos de São Paulo.
Eliana tem especialização no erudito, além do popular. A profissional ministra aulas na Escola de Artes para pessoas dos 12 anos a terceira idade, nos cursos iniciante e avançado. “Qualquer pessoa pode aprender a tocar violão, basta desejar. O instrumento cuida da alma do ser humano, é uma terapia”, esclareceu.
A violonista esclareceu que tem a grata satisfação em afirmar que ex-alunos atualmente tocam em bandas profissionais pelo país, outros já estão frequentando a universidade no curso de música. “É maravilhoso observarmos que cada um está trilhando o seu caminho e conquistando o seu espaço”, concluiu.