Artesãs exporão trabalhos no Mirante da 13 de Julho

Cultura
26/11/2015 11h23

A sensibilidade e a criatividade estão presentes nos trabalhos de duas artesãs que resolveram se unir para mostrar os seus trabalhos ao público. “A arte de transformar através das agulhas” é a intitulação da exposição que acontecerá no período de 30 de novembro a 12 de dezembro no Mirante da 13 de Julho, unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju. São peças em patchwork, bordados diversos como o vagonite e crochê.

O artesão não joga nada fora. Um pedaço de tecido ou fita e, ainda outros objetos, são motivos para aproveitá-los e praticar a arte da transformação. Neste caso, a agulha é o instrumento. É dessa maneira que a enfermeira aposentada e a professora também aposentada Renilda Sérgio Ribeiro e Iara Maria Souza Santos, respectivamente, agem no dia a dia. E, essas transformações serão visíveis na exposição, com trabalhos milimetrados, delicados e, sobretudo, confeccionados com criatividade.

A artesã Renilda mostra a sua técnica no vagonite com fita. É bom destacar que o vagonite teve a sua origem na Europa, sendo bordados aplicados em toalhas que enfeitavam os vagões de trem. Também estarão à disposição do público peças em crochê, como tapetes e em patchwork, totalizando cerca de 50 peças. Pela terceira vez ela expõe trabalhos no Mirante.

Já a artesã Iara Santos apresentará a sua técnica aplicada na junção de retalhos, ou o patchwork. São colchas de casal e solteiro, capas para almofadas, tapetes para cozinha e banheiro, entre outros.

Ambas as artesãs estão com boas expectativas para a exposição. São trabalhos exclusivos. As artesãs têm orgulho em afirmar que muitas de suas peças encontram-se espalhadas por vários Estados do Brasil e alguns países. “É bom vermos o nosso trabalho reconhecido e, principalmente porque são confeccionados com muito esmero”, comentou Renilda.

A dedicação a arte surgiu a partir do momento da aposentadoria da enfermeira e da professora. Conforme a explanação de ambas, o que estão desenvolvendo atualmente é o reflexo do que vivenciaram de suas mães e avós. “Há muitos anos, até mesmo as peças de roupas eram feitas à mão”, lembrou Iara.