As correspondências amorosas do autor português Fernando Pessoa foi o tema da palestra proferida na unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), Biblioteca Municipal Clodomir Silva, na última terça-feira, 26. Sob o comando da pesquisadora Maria Lúcia Dal Farra, dezenas de interessados e estudiosos do tema compareceram ao evento, que teve duração de cerca de 2h.
Entre a leitura de uma carta e outra, a análise da linguagem, veracidade dos fatos e a criação de uma nova forma linguística implantada pelo autor foram avaliados. Segundo a palestrante, as correspondências não relatam apenas o conto de fadas vivido por Fernando e Ofélia de Queiroz, elas trazem detalhes dos costumes, dos problemas, da cultura, das vestes e toda a forma de vivência daquela época.
Considerado um dos mais notáveis poetas de Portugual, Fernando Pessoa tinha como marca a criação de heterônimos, que são personagens fictícios, a exemplo de Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro, sendo estes objetos da maior parte dos estudos sobre a sua vida e obra.
Aldemir dos Santos, estudante do curso de Letras na Universidade Federal de Sergipe, considerou ser um grande admirador da obra de Fernando Pessoa. Pois o autor trouxe para a literatura a possibilidade de inovar, não somente na forma de escrever, mas também em criar.
"Fernando Pessoa era um poeta polêmico, mas possuidor de uma genialidade fantástica. Suas criações podem servir de exemplo e identificação para muitos de nós, o que nos faz pensar muitas vezes que seus personagens fictícios viveram realmente", falou.
A palestra fez parte das comemorações dos 55 anos de existência da Biblioteca Municipal Clodomir Silva.