Praça Camerino foi palco do projeto Literaturação da Biblioteca Clodomir Silva

Cultura
02/02/2016 13h25

A literatura se destaca como uma forma de arte, mas também como um instrumento precioso de comunicação. Ler aprimora os conhecimentos e transforma o aprendizado em lições de vida, que marcam o ser humano para uma nova reprise dos fatos e acontecimentos do passado, presente, ou ainda, o imaginário futuro. E, buscando incentivar o hábito da leitura, um grupo de jovens vem desenvolvendo o projeto “Literaturação”, que acontece na Biblioteca Municipal Clodomir Silva, gerenciada pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju). Desta vez, o projeto foi levado à Praça Camerino, Centro de Aracaju, na tarde do último sábado, 30, com a participação de poetas, cordelistas, grupo teatral e outras atividades.

Jovens e também adultos tiveram uma programação vasta. Para alguns, foi uma novidade e, para outros, mais uma momento de apreciação da arte e, sobretudo, saciando a “fome da leitura”. O Literaturação é fruto dos participantes do Projeto dos Sonhos. A reunião desses jovens acontece sempre no último sábado de cada mês. A escolha pela Praça Camerino foi para chamar a atenção dos espaços apropriados para a troca de livros que estão esquecidos pela população. “É preciso que a população saiba desses pontos para a troca de livros e os valorize”, comentou Ângelo Santos, integrante do projeto.

A programação foi dividida nos diversos espaços da praça. O cordelista Eduardo Teles expôs os seus trabalhos. Aracajuano, já lançou 25 cordéis e, recentemente, lançou uma coletânea. O público pôde apreciar “Beija-flor e o pé de cansanção”; “Coqueiro”, que se limita à Barra dos Coqueiros e que, inclusive, se transformou num curta-metragem. Além disso, “Aracaju de Pedra”, e vários outros poemas em cordel. Na realidade, é uma miscelânea de trabalhos.

“Expressamos os nossos sentimentos, observando o mundo”, confirmou Teles, lembrando que o grupo relata as coisas que vê e que e o amor à cultura popular inserida na identidade nordestina.

O poeta e cantor João Lover também teve a sua participação declamando poemas. Acompanhados ao som do seu violão e voz, o poeta chamou a atenção do público que o prestigiou. O artista já publicou quatro livros: “Infinito prazer”; “O olhar impossível”; “A força da poesia”; “Poesia e pensamento”. Na visão de Lover, discutir literatura é discutir conhecimento.

Outro grupo que chamou a atenção foi o Metamorpho. O grupo teatral reviveu 10 grandes poetas e escritores brasileiros, inserindo, é claro, poetas sergipanos. O Metamorpho mostrou o seu talento com a peça “Bratextos Poéticos”. O grupo está formado pelos atores Mamute Teixeira; Nathaly Daianne; Rodrigo Soares e Gláucia Thayrinne. Já maquiagem e fotografia ficou por conta de Jessica Lorrani.

Para a petizada, foi disponibilizado um jogo sobre as profissões. Segundo Raí Gomes, coordenador de desenvolvimento do Projeto dos Sonhos, a brincadeira é mais um incentivo para as crianças terem o gosto pela leitura. “Enquanto elas aprendem as profissões, também estão lendo e aprimorando conhecimentos”, comentou.