Vida e obra de patrono de unidade da Funcaju é tema de filme

Cultura
02/02/2016 17h43

“O intuito do curta é evidenciar a história de Clodomir e sua grandiosa contribuição para a cultura sergipana”. Foi com essa frase que Fátima Goes, diretora do curta metragem Clodomir Silva, definiu o trabalho idealizado por ela. O filme, que tem cerca de 15 minutos de duração, foi lançado na noite da última sexta-feira, 29, na sala Walmir Almeida, Centro Cultural de Aracaju.

Admiradores e estudiosos da obra de Clodomir compareceram ao evento, a exemplo da Presidente da Funcaju, Aglaé Fontes, que falou estar muito feliz com a iniciativa da diretora. “Eu sou suspeita para falar sobre a importância de Clodomir. Ele, além de ser patrono de uma de nossas bibliotecas, Clodomir contribuiu significativamente para a nossa cultura. Acredito que esse documentário irá propagar a importância de sua obra, principalmente nas escolas, que infelizmente, hoje, ainda desconhecem a importância deste autor”, disse.

O filme conta a história da vida do poeta e traz também relatos de pesquisadores e de membros da família, a exemplo de Bruno Cunha. Caracterizado de Clodomir Silva, Bruno, que é bisneto do patrono, falou sobre a satisfação em ser parte da família de Silva. “Acho incrível a história do meu bisavô, por sua perspicácia em relatar tantas peculiaridades sobre os costumes e a cultura do Estado de Sergipe”, relatou no curta.

Criação

O curta nasceu um uma roda de conversa, onde a grandiosidade das obras do autor foi debatida. “Um certo dia, conversando com uns amigos, percebi que a riqueza das obras de Clodomir e toda a sua história não tinha registro. O filme nasceu da necessidade em fazer o registro de um dos principais autores e incentivadores da nossa cultura”, explicou Fátima. Segundo a cineasta, a ideia é reproduzir cópias do documentário e distribuir nas unidades de ensino da capital como forma de incentivar os alunos e professores.

Biografia

 

Clodomir nasceu em 20 de fevereiro de 1892, na cidade de Aracaju. Seus primeiros anos de estudo foram realizados no colégio Atheneu. Aos 19 anos, iniciou a carreira de jornalista, escrevendo para diversos jornais, entre eles Correio de Aracaju, Estado de Sergipe e Sergipe Oficial. Cursou a Faculdade de Direito de Recife, integrou a primeira geração do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, a Loja Maçônica Capitular Cotinguiba e a Academia Sergipana de Letras. Foi ainda professor do colégio Atheneu Escola Técnica de Comércio Conselheiro Orlando, além de deputado estadual por duas vezes. O intelectual faleceu de febre tifóide em 10 de agosto de 1932.