“500 – Os Bebês Desparecidos na Ditadura da Argentina” é exibido no Núcleo de Produção Digital da Funcaju

Cultura
23/05/2016 15h16

O sábado, 21, foi de entretenimento para aqueles que compareceram ao Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira, anexo ao Centro Cultural de Aracaju, unidades da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju). "Do meu lado" e "500 - Os Bebês Roubados pela Ditadura Argentina" foram exibidos, levando o público a se emocionar.  Os filmes integram a 10ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Mundo, uma idealização da Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, em parceria com o Ministério da Cultura.

A mostra vem sendo exibida em vários Estados brasileiros, reunindo diversos filmes produzidos no Brasil e em outros países. A mostra conta com um filme sergipano, "O Muro é o Meio", especialmente selecionado, entre tantos outros. As maiores expectativas estiveram voltadas para o filme "500 - Os bebês Roubados pela Ditadura Argentina".

O filme retratou o golpe de estado na Argentina em 1976, levando a população à repressão por parte dos militares. A mostra especificou as atrocidades sofridas contra homens e, principalmente mulheres e seus filhos. Muitas foram levadas como reféns e colocadas em cárcere diante de uma sequência de torturas.

O documentário relata a história de muitas mulheres que permaneceram presas enquanto grávidas e, após terem os seus bebês, desapareceram, da mesma forma que as crianças. O contraponto do filme também mostra a fase da Copa do Mundo na Argentina que, enquanto no estádio se comemorava a vitória, outros sofriam há poucos metros em calabouços.

Os bebês eram arrancados dos braços de suas mães. E, considerando a forte repressão e os desaparecimentos, um grupo de mulheres se reúne às escondidas em busca de informações. Professoras, donas de casa e outras profissionais, temendo maiores represálias, se encontram de forma disfarçada. Nos encontros, para montar estratégias fingiam reuniões para comemorarem aniversários e outros eventos em lanchonetes e lugares públicos.

A luta do grupo perdurou por vários anos, até formarem um dossiê. Depois de mais de 20 anos, muitos considerados como sequestradores e "assassinos" vão ao bando dos réus para serem julgados. A história verídica levou o público a conhecer um pouco da repressão ocorrida na Argentina e, principalmente, os bebês e mulheres sequestrados e desaparecidos.