Saúde aplica fumacê no combate ao Aedes aegypti nas ruas de Aracaju

Saúde
16/02/2017 09h10

Preparar o meio ambiente para a grande concentração de pessoas que vão brincar o carnaval nas ruas de Aracaju. Este é um dos principais objetivos das ações que a Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está desencadeando desde a quarta-feira, 15, nos bairros onde terão os tradicionais desfiles de blocos carnavalescos da capital sergipana.

Segundo Taíse Cavalcante, diretora da DVS, os agentes de endemias da SMS aplicam o inseticida organofosforato através do equipamento conhecido por fumacê costal para eliminar os mosquitos adultos do Aedes aegypti. “Nosso trabalho tem como foco eliminar a propagação de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti nas áreas com aglomeração de pessoas nas festas dos blocos carnavalescos de Aracaju”, informou a diretora.
 
As ações iniciaram nesta quarta-feira no bairro Inácio Barbosa, onde desfila o bloco carnavalesco “Eu só se fico, se você não só se for”. De acordo com Jeferson Santana, coordenador de Ação de Campo da DVS, esta atividade é uma antecipação para prevenir que as pessoas adquiram, no período de carnaval, as três doenças transmitidas pelo mosquito: dengue, febre chikungunya e zika vírus. “Só no bairro Inácio Barbosa estamos fazendo a cobertura na área de 16 quarteirões, atingindo 262 imóveis e solicitamos que as pessoas abram as portas e as janelas para atingir os mosquitos que ficam nas casas”, explicou Jeferson.
 
Programação
 
Nesta quinta, 16, a ação acontece no Bairro Farolândia em torno da concentração do Bloco “Galo do Augusto Franco”, abrangendo 18 quarteirões e 731 imóveis. No dia 17, contempla os bairros Suíssa e São José, que tem o Bloco “Carro Quebrado”, atingindo 17 quarteirões e 667 imóveis. Já nos dias 20, 21, 22 e 23 de fevereiro a ação ocorre nos bairros Centro, Getúlio Vargas e Cirurgia alcançando um maior número de quarteirões e imóveis, 73 e 2037, respectivamente.

O horário é sempre das 17 às 20 horas. “Este horário atende a requisitos técnicos. É o chamado horário da inversão térmica quando o calor da superfície sobe e ar frio da atmosfera desce. Então é o momento ideal da aplicação do fumacê porque a poeira de inseticida fica no meio, na altura entre um e dois metros e coincide com a altura que os mosquitos ficam e a hora em que eles saem para se alimentar, fazendo com que morram”, explicou Taíse. Ela acrescentou que os agentes de endemias continuam fazendo o trabalho de campo durante o dia eliminando os focos do mosquito com o larvicida.

O supervisor de equipe, Elielson Rodrigues, explicou que os profissionais foram devidamente treinados para manejar com o inseticida. "Os agentes borrifam o inseticida no ar que fica cerca de uma hora, uma hora e meia, o jato pode chegar a 30 metros de distância. Adentrando as casas, basta que caia uma molécula em cima do mosquito e ele morre", enfatizou. Ele ainda informou que cada equipe contém oito agentes de endemias e um supervisor.