A rotina de trabalho na infraestrutura dos bairros para proporcionar melhorias na vida dos aracajuanos tem sido uma meta diária da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb). Desde a última segunda-feira, 13, mais de 30 bairros foram contemplados com ações nas galerias pluviais, concentrando esforços, principalmente, nos cerca de 60 locais classificados como críticos em período de chuva. A partir das recomendações do prefeito Edvaldo Nogueira, que voltou a administrar a capital com o objetivo de reconstruí-la, a direção do órgão municipal tem trabalho para sanar as demandas mais urgentes e planejado para retomar as grandes obras estruturantes deixadas com recursos garantidos ainda em 2012, mas paralisadas nos últimos anos.
O Governo Municipal tem buscado respeitar a Lei Federal 10.257, que criou o Estatuto da Cidade que preconiza como função do poder público "organizar a expansão urbana através de uma política de desenvolvimento urbano, ordenar o desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes". Para isso, o presidente da Emurb, Sérgio Ferrari, com sua equipe técnica, tem elaborado estudos que indicam alguns fatores que contribuem para a ocorrência de alagamentos na cidade: Aracaju está situada em um terreno onde predominam terrenos baixos e alagados e foi povoada em áreas onde antes havia dunas, mangues, pântanos e lagoas.
"Aracaju está cercada por águas, seja através da presença do rio Sergipe, do oceano Atlântico e as praias, do rio Vaza-Barris e os afluentes do rio Sergipe. Esta confluência deixa a cidade suscetível e com as chuvas mais avolumadas pode causar alagamentos. Convém destacar que outra determinante para esse fenômeno é o relevo da capital que apresenta morros, principalmente nos bairros da zona Norte e na área limítrofe com o município de São Cristóvão. Além dessas duas zonas mais expressivas, uma área mais ou menos paralela ao rio Sergipe, exatamente nos domínios dos bairros Getúlio Vargas, Cirurgia e parte do Suíça, apresenta elevações com altitudes máximas de 38 metros" explica Ferrari.
O crescimento significativo a partir da década de 60, com incrementos populacionais da ordem de 50% a cada dez anos até o início da década de 90, é outro dado que incide sobre a dinâmica das águas urbanas. A ocupação se deu em áreas mais distantes do Centro e dos bairros mais tradicionais, a exemplo "boom imobiliário" da Zona de Expansão, Jabotiana, Santa Maria, Atalaia, entre outros. Coincidentemente, hoje são os locais que mais sofrem com alagamentos.
"O que observamos é que os mais de 70 canais que deságuam nos diversos corpos hídricos, como rios Poxim, Sergipe, Santa Maria, além do oceano, precisam ser estudados com mais detalhes e, em seguida, elaboraremos um diagnóstico que apresentaremos ao prefeito", ressalta o presidente, afirmando que paralelo a esses levantamentos as ações preventivas são desenvolvidas todos os dias.
Solicitação
Para registrar algum tipo de solicitação, o cidadão pode entrar em contato com a Assessoria de Comunicação da empresa, por meio do telefone (79) 3179-1619, pelo endereço eletrônico comunica.emurb@aracaju.se.gov.br, e pelos perfis no Twitter (@emurb) e no Facebook (www.facebook.com/Emurb).
