Comunidade ribeirinha dialoga com beneficiários do CRAS sobre diversidade e reconhecimento

Assistência Social e Cidadania
26/05/2017 18h35

Reconhecimento. De si mesmo e como parte de um todo. Esse é um ingrediente mais do que essencial na receita do empoderamento individual. Mas, diante de uma sociedade de padrões e preconceitos, velados ou até mesmo escancarados em atitudes diárias, muitas pessoas são segregadas e acabam sendo postas de lado ou até mesmo levadas à invisibilidade. Por isso, ainda é tão importante se falar das diferenças e da naturalidade que é um povo plural e repleto de peculiaridades.

Celebrar essa diversidade foi a pauta do encontro realizado na manhã desta sexta-feira, 26, no CRAS Pedro Averan, localizado no bairro Manoel Preto. Através do Projeto Pescando Memórias - Dialogando Sergipe, representantes da população ribeirinha do Povoado São Brás, de Nossa Senhora do Socorro, estiveram no equipamento para mostrar sua cultura e seus costumes através de uma exposição de fotos e rodas de conversa. O projeto, que começou em 2012, busca levar para comunidade a história do local e das pessoas que lá residem vivendo da atividade pesqueira.

"A partir do momento que identificamos que havia um sentimento de vergonha das pessoas que moravam na comunidade, fizemos um resgate histórico, com todos que dali faziam parte. Com exposições e rodas de conversa nós falamos da nossa cultura e do que de melhor temos. Fazemos o projeto sempre em praças, Centro de Referências, lugares abertos e de fácil acesso para mostrar que há como preservar o que nós somos e ter orgulho disso", explicou o coordenador do Projeto, Givanildo Santana.

Durante o evento foram realizadas atividades lúdicas e esportivas, com rodas de capoeira de homens e mulheres atendidos pela Legião da Boa Vontade e a apresentação de dança das cirandeiras beneficiadas pelo CRAS. "Esse intercâmbio, voltado para a diversidade cultural, é enriquecedor. Este é o tipo de intervenção que consideramos de extrema importância para a comunidade porque é cultura e o tipo de coisa que precisa ser apresentada e valorizada por Sergipe como um todo.", ressaltou a coordenadora do CRAS Pedro Averan, Karla Silva.

Para a aposentada atendida pelo centro, Maria Aparecida, uma grande oportunidade de aprender saber mais sobre a história do povo sergipano. "Conhecer esse tipo de coisa é uma forma de abrir a nossa mente. Pra mim é um prazer absorver conhecimento e conhecer uma outra realidade. Sinto como se eu voltasse a ser criança, com aquela vontade de aprender".