Ações da Prefeitura minimizam efeitos das chuvas para população

Agência Aracaju de Notícias
29/05/2017 15h29

Seja por efeitos naturais ou por ação humana, as fortes chuvas que caíram em Aracaju causaram transtornos e muito trabalho. Diante da situação, a Prefeitura de Aracaju reuniu equipes de diversos setores numa verdadeira força-tarefa para minimizar os efeitos e criar soluções para a população mais atingida pelas consequências. Assim, de Norte a Sul da cidade, equipes foram destinadas a, sobretudo, ficar atentas ao cidadão.

Durante todo o último sábado, 27, cuja madrugada foi de chuva intensa, o prefeito Edvaldo Nogueira percorreu os pontos mais preocupantes da cidade, a exemplo da avenida Euclides Figueiredo, nas proximidades dos loteamentos Moema Mary e Jardim Bahia onde um canal que corta a localidade voltou a transbordar. Por lá, uma equipe da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) começou a atuar, ainda no sábado, para desobstruir o canal.

O órgão municipal intensificou as ações de limpeza de canais, com três equipes pela cidade, totalizando 39 agentes nos pontos mais críticos. O objetivo foi garantir o escoamento das águas e tentar impedir o transbordamento de canais. No caso do loteamento Jardim Bahia, a desobstrução do canal está sendo feita para, assim, abrir um acesso até a borda e realizar a dragagem.

Em outro viés, uma equipe composta por dez agentes realizou o recolhimento das árvores que tombaram durante as fortes chuvas. Ao todo, foram recolhidas nove árvores. Além disso, 16 equipes atuaram em regime de mutirão pela cidade, totalizando 196 agentes de limpeza que realizaram a limpeza e manutenção das ruas e bocas de lobo.

No Largo da Aparecida, outro local bastante afetado pelas águas da chuva, o prefeito foi ao local por duas vezes para verificar o que poderia ser feito. A localidade já havia sofrido os efeitos das chuvas da terça-feira, 23, e ficou totalmente alagado. Com a massificação do trabalho por parte das equipes da Prefeitura, como a desobstrução do canal da região, o alagamento não voltou a acontecer no último sábado, 27. As famílias que ficaram desalojadas durante a semana, que precisaram ser acolhidas pelos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), puderam voltar às suas residências.

Juntamente com a Emsurb, a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) trabalhou para minimizar os efeitos negativos, principalmente na Zona Norte: os loteamentos Moema Mary, Jardim Bahia, loteamento Goré, Pau Ferro e a avenida Euclides Figueiredo, próximo a um local conhecido por Maria Gorda, na Zona Oeste, no bairro Jabotiana, nos conjuntos JK, Sol Nascentes e no Largo da Aparecida, e na região do Centro e dos bairros Jardins, Salgado Filho, São José e 13 de Julho.

Os engenheiros da Emurb identificaram dois fatores principais que prejudicaram estas áreas, como explica o presidente Sérgio Ferrari. "Tanto nos canais como as galerias pluviais foram recolhidos durante a limpeza uma quantidade de lixo doméstico e dejetos que, de fato, inviabilizavam o escoamento das chuvas. Mas não foi só isso: a falta de uma manutenção regular nos últimos quatro anos foi determinante para ampliar as dimensões desses alagamentos", declarou Ferrari.

De forma preventiva, a Empresa Municipal manteve o seu cronograma de trabalho nesta segunda-feira, 29, com previsão de atender aos bairros 18 do Forte, Aeroporto, Bairro América, Cidade Nova, Grageru, Jardins, José Conrado de Araújo, Santo Antônio, Ponto Novo, Porto Dantas, Santa Maria, povoado Areia Branca, Zona de Expansão, e no loteamento Areias, Castelo Branco, Franco Freire, Horto do Carvalho, Marivan, Leite Neto e Paraíso do Sul, até o final do dia.


Defesa Civil

Na última semana e também durante o final de semana, a Defesa Civil trabalhou de maneira ostensiva por toda a cidade. Neste período, além de auxiliar nos serviços das demais equipes da Prefeitura, ela também tratou de orientar moradores sobre os possíveis riscos que, com a chuva, poderiam estar vulneráveis, ou seja, tentou prevenir que infortúnios acontecessem.

A Defesa Civil de Aracaju atuou com duas equipes nas ruas, monitorando a situação e principalmente os pontos mais críticos. Foram registradas quedas de árvores, locais com risco de desabamento e diversos pontos de alagamento, sem ocorrências de situações que comprometessem a integridade física da população, porém, foram registrados casos em que foi necessário interditar residências.

Segundo o coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Gilfran Mateus, duas casas tiveram que ser interditadas no Largo da Aparecida e outras dez na rua Riachuelo pois estavam em áreas de risco. "Foi necessário agir para garantir a segurança das famílias que moravam nessas localidades. Elas receberam o auxílio da Semasc e aquelas que não estão nos CRAS, puderam retornar para as suas residências ou foram acolhidas por parentes e amigos", explica.
 

Assistência social

Toda e qualquer ação da Prefeitura visa um único objetivo: garantir que o cidadão seja bem assistido. Em períodos conturbados como os vividos durante as chuvas intensas, o cuidado com a população atingida foi o que norteou as equipes da Secretaria Municipal da Assistência Social e Cidadania (Semasc) que visitaram diversas localidades da capital para realizarem uma ação minuciosa de auxílio às famílias que necessitaram, não somente de uma mãozinha, mas de um abrigo acolhedor.

Assim, em levantamento feito pela diretoria da Proteção Social do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), um total de 97 famílias do entorno do Largo da Aparecida, localizado no bairro Jabotiana, foram cadastradas para receber os benefícios sociais concedidos pela prefeitura. Até a última sexta-feira, 26, foram abrigadas, atendidas e contabilizadas 40 famílias no CRAS Madre Tereza de Calcutá, totalizando 103 pessoas que dormiram e fizeram suas refeições no equipamento da Assistência. Já em outras localidades da capital foram catalogadas duas residentes no bairro Coqueiral; duas no Porto Dantas; uma na Soledade; duas no Lamarão; uma no bairro Industrial; sete no bairro Santa Maria e duas no 17 de Março.