Consultório na Rua promove ação de saúde em abrigo de mulheres vítimas de violência

Saúde
22/06/2017 10h01

Promover o bem-estar das pessoas em situação de vulnerabilidade social: foi com esse objetivo o Programa Consultório na Rua, da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realizou uma roda de conversa no abrigo Núbia Marques, que acolhe mulheres vítimas de violência doméstica. A equipe multidisciplinar do programa, composta por  enfermeiras,  psicóloga e  assistente social, falou sobre temas diversificados como Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), métodos contraceptivos, entre outros.

Segundo a coordenadora do Consultório na Rua, Kamila Fialho, esse é um espaço novo de trabalho para a equipe do programa e a visita é uma forma de valorizar as abrigadas.  “É a primeira vez que a gente vem em um abrigo que acolhe esse público para apresentar não somente as ações do programa, mas também para mostrar a essas mulheres que a rede municipal de saúde está à disposição delas para os mais diversos serviços, como exames, consultas vacinas e muitos outros.  É também uma maneira de estreitar os laços com  as abrigadas, uma vez que muitas delas, por um determinado momento da vida, passaram por um momento de negação e de baixa autoestima, e falar de saúde é elevar a autoestima delas”.

Foi a coordenadora quem deu início às atividades, realizando uma dinâmica de grupo onde as mulheres fizeram massagem umas nas outras. “Uma atividade muito simples que fizemos  com a intenção  de mostrar o cuidado que devemos ter umas com as outras e ressaltar o empoderamento feminino”.

Para a coordenadora do abrigo, Edna Nobre, a atividade do Programa Consultório na Rua promove uma reflexão não somente naquelas que estão abrigadas, mas também nas que trabalham no local. “Todas as questões relacionadas ao cuidado com a saúde são extremamente importantes para nós mulheres, e é sempre bom ouvir essas orientações e dicas. Além disso, a vinda da equipe quebra um pouco da nossa rotina e mostra para as nossas abrigadas que lá fora existem diversos instrumentos e mecanismos de ajuda e apoio que  elas podem e devem procurar ao sair daqui do abrigo”.

Morando há uma semana no abrigo, M.R.J, de 41 anos, ouviu atentamente todas as palestras, fez questão de tirar dúvidas e interagir com a equipe da SMS. “Foi uma atividade muito agradável pra mim e uma oportunidade de ouvir e aprender sobre diversos assuntos que eu desconhecia até o momento”, declarou.