Fundat fomenta cooperativa de costura no bairro Santa Maria

Formação para o Trabalho
11/07/2017 17h39

O fomento do empreendedorismo é prioridade na Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat). Buscar ativamente cidadãos com esse perfil tem sido uma ação constante desenvolvida pelo órgão. Na manhã da última terça-feira, 11, no Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do bairro Santa Maria, representantes da Fundat realizam a primeira reunião com costureiras da região para discutir possibilidades de incentivo e tirar dúvidas do grupo. O encontro é o início de um trabalho que será desenvolvido com o grupo.

Uma das possibilidades encontradas é a formação de uma cooperativa com todo suporte e orientação de técnicos da Fundat e parceiros, além da possibilidade de cessão do Centro de Qualificação e Unidade de Produção (CQP) do bairro 17 de Março, unidade que possui um maquinário voltado para o eixo de corte e costura profissional. As costureiras se entusiasmaram com a ideia e pediram auxílio da instituição na parte administrativa, psicológica e também na divulgação do serviço e trabalho desenvolvido.

Para a diretora de Empreendedorismo e Cooperativismo, Rosana Amaral, o ideal é iniciar com um grupo produtivo para que evolua gradativamente e tenha maturidade profissional de se tornar uma cooperativa forte e preparada. "Queremos oferecer a vocês um espaço onde possam desenvolver atividades e encontrem autonomia financeira por meio da produção para a partir daí adquirir maquinário próprio. Vamos mais que acompanhar, seremos coadjuvantes em todos os processos. Vamos colaborar com o que for possível, dentro dos limites do ente público, inclusive, acionando parceiros que fortaleçam ainda mais a iniciativa", explica.

Rosana acrescenta ainda que o grupo precisa se qualificar o máximo que puder para que entenda exatamente como lidar com o mercado onde atuarão. "É preciso aprender a calcular o custo do produto para que não haja nenhum prejuízo. Além de se preparar para a utilização do maquinário. Entender bem o negócio que vai surgir é fundamental. Apoiaremos desde o início, estamos aqui para isso. Orientaremos, ajudaremos e temos muita satisfação de fazer parte de iniciativas como essa".

Moradora do Santa Maria há mais de 25 anos e costureira há mais de 30 anos, Maria Eliene Santos é uma das coordenadoras do grupo solicitante e atualmente possui uma renda fixa através desse trabalho. "O grupo se conhece há um bom tempo. Este encontro é muito importante porque a comunidade é carente e muitas mulheres ainda não tem experiência na área, precisam de ajuda. Estou aqui para somar e ajudar no que for possível. Achei interessante a proposta de projeto que foi trazida pela Fundat, tudo que vier para melhorar a vida é bom. Quem tiver interesse e compromisso mesmo que não saiba, pode aprender. O ser humano se adapta a qualquer coisa que tiver interesse, tem que estar aberto aos desafios", esclarece Eliene.

Dona Vilma dos Santos costura há 25 anos e mora no bairro há mais de 30 anos. Atua como costureira por encomendas, já foi participante de uma cooperativa e sabe que dá certo. "Participei de uma reunião com o presidente da Fundat, Luiz Roberto Santana, e foi aí que descobri que poderíamos receber ajuda. Foi muito bom esse encontro, senti segurança. Quero tanto que esse bairro cresça! Não fico parada e busco meios de ajuda, inclusive, não só para mim. O que quero para mim quero para todas", enfatiza a costureira.

Próximos passos

Nesta quinta-feira, 13, representantes da Fundat e do grupo de costureiras farão uma visita técnica na unidade do bairro 17 de Março. O objetivo do encontro é mostrar o espaço pertencente à Fundat para saber quais as possibilidades de atuação. Após isso, uma nova reunião está prevista para agosto para dar prosseguimento aos próximos passos.