Vigilância Epidemiológica alerta para o surto de diarreia em Aracaju

Saúde
14/07/2017 14h59

A Secretaria Municipal da Saúde, por meio da Coordenação de Vigilância Epidemiológica (Covepi) da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), alerta que ainda continua o aumento do número de casos de doença diarreica aguda (DDA). Desde meados do mês de abril até a 24ª semana epidemiológica, ou seja, até junho, foram notificados 6.816 casos.

De acordo com Mariana Aragão, gerente da Área Técnica de Surto da Covepi, é preciso ficar atento aos cuidados para evitar a contaminação da doença. “Houve uma pequena redução de casos na última semana pesquisada, mas foi insignificante. Por isso, as pessoas devem ficar em alerta porque neste período sazonal com chuvas e tempo mais frio aparece o surto de gripe. Então muitas crianças dão entrada nos estabelecimentos de saúde com diarreia associada a problemas respiratórios”, enfatizou Mariana.

A gerente explicou que até o momento os técnicos da Covepi continuam a investigação para saber qual o agente causador do surto de DDA. Esta doença é causada por diferentes agentes etiológicos como bactérias, vírus e parasitas. “A manifestação predominante é o aumento do número de evacuações com fezes aquosas ou de pouca consistência. Em alguns casos há presença de muco e sangue podendo ser acompanhadas de náusea, vômito, febre e dor abdominal. A duração é de 2 a 14 dias e as formas variam desde leves até graves, com desidratação e distúrbios eletrolíticos”, informou.

O número de casos é colhido através da semana epidemiológica. A Covepi analisou desde o início do surto na 16ª semana epidemiológica até a 24ª. Na 16ª foram notificados 342 casos, na 17ª foram 492, na 18ª 571, na 19ª 719, na 20ª 819, na 21ª 899, na 22ª aumentou para 1.028 casos e maior número identificado foi na 23ª semana epidemiológica com 1054 casos e baixou um pouco na 24ª foram 892 casos.

Cuidados

A técnica da Covepi recomenda para a população o aumento da ingestão de líquido, lavar sempre as mãos antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, ao manipular e preparar os alimentos, amamentar e tocar em animais. Também lavar e desinfetar as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos, proteger contra os insetos e outros animais. “É bom guardar os alimentos em recipientes fechados. E outra medida muito importante é tratar a água para beber. Ou ferver ou colocar duas gotas de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água e aguardar 30 minutos antes de usar”, explicou Mariana.

As recomendações para os profissionais de saúde são: realizar educação em saúde, particularmente nas áreas de elevada incidência de diarreia, orientando as medidas de higiene e manipulação de água e alimentos, assim como a utilização do hipoclorito de sódio a 2,5% para os locais que não possuem água tratada. “E principalmente notificar os casos de doença diarreica através da planilha de casos”, finalizou Mariana Aragão.