Prefeitura realiza Pesquisa Viva Inquérito em parceria com o Ministério da Saúde

Agência Aracaju de Notícias
22/09/2017 09h25

Diagnosticar tendências e prevenir ocorrências. Essas são as principais ações da Pesquisa Nacional sobre Vigilância de Violências e Acidentes ‘Viva Inquérito' promovida pelo Ministério da Saúde (MS), em parceria com a Prefeitura Municipal de Aracaju, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Núcleo de Prevenção de Violências e Acidentes (Nupeva). Iniciada no dia 5 de setembro, a pesquisa já levantou cerca de 900 fichas referentes aos pacientes de dois importantes centros de atendimentos na capital, o Hospital Municipal Zona Norte Doutor Nestor Piva e o Hospital de Urgências de Sergipe (Huse).

Criada em 2006, a pesquisa, que é realizada em 26 capitais, 1 Distrito Federal e 14 municípios, coleta uma série de informações que servem como base para que o MS e o município de Aracaju consigam diagnosticar quais são os tipos de ocorrências mais frequentes nos hospitais de urgência e emergência - a exemplo dos acidentes de trânsito, violência e quedas - e, a partir da análise dos casos, traçar o perfil epidemiológico não só das ocorrências, mas também das vítimas e de seus agressores, para que medidas preventivas sejam aplicadas a fim de diminuir o número de novos casos, as reincidências e o ônus aos cofres públicos.

Segundo a supervisora da equipe de pesquisas em Aracaju, Lorranny Santana Rodrigues, essa ferramenta de levantamento de dados com foco na vigilância e prevenção de violências e acidentes é extremamente importante, porém é válido lembrar que no Sistema Único de Saúde (SUS) existem outras ferramentas como SIM (Sistema de Mortalidade) e SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) que realizam monitoramento contínuo. "A coleta de dados VIVA Inquérito aqui em Aracaju já está em sua sexta edição, aconteceu em 2006, 2007, 2009, 2011, 2014 e agora em 2017. Em 2014, por exemplo, tivemos uma grande quantidade de pacientes colaborando com a pesquisa, o que foi muito proveitoso", afirmou.

A servidora da farmácia do Nestor Piva, Ângela Maria, reafirma a importância da pesquisa para a prestação de serviços públicos de saúde. "Através disso, o poder público conseguirá saber onde agir, e essa prevenção tem que estar sempre em primeiro lugar. Percebemos um grande número de casos de acidentes de trânsito e violência que precisam ser prevenidos", colocou.

Abordagem

Assim que as vítimas chegam à unidade de saúde, é verificada se a causa da ocorrência é externa - violência ou acidentes, presentes na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) - para que, após a permissão do paciente, acompanhante ou familiar, a pesquisa seja iniciada por meio de uma ficha onde as informações são assinaladas. Atualmente, a ação conta com 24 agentes de coleta de informações, que são estudantes de enfermagem, medicina e fisioterapia, devidamente treinados para conseguir identificar essas causas, além das supervisoras de enfermagem, sendo selecionados por meio de Processo Seletivo Simplificado da Prefeitura de Aracaju.

Nessas fichas, perguntas como endereço do paciente, local da ocorrência e tipo de lesões são identificadas, para que o caso seja devidamente enquadrado pelos agentes. A pesquisa, com duração de um mês, será finalizada no dia 4 de outubro, e os dados serão encaminhados ao MS, que os disponibilizará através de sua plataforma online.