Segunda oficina de Manipulação de Alimentos capacita ambulantes de Aracaju

Formação para o Trabalho
11/10/2017 17h46

"Essa oficina é muito importante porque favorece o crescimento profissional, aprendi a conhecer os alimentos na hora da compra, saber manipulá-los e a conservá-los na geladeira, além de conhecer os equipamentos de proteção individual (EPI)", relata Daniele da Silva, 26, que decidiu trabalhar como vendedora ambulante neste ano. Ela vende seus produtos no bairro 17 de Março e estará atuando no evento do Dia das Crianças, promovido pela Prefeitura de Aracaju. "Foi um rumo para eu empreender, estou tendo retorno", diz.

Para comercializar durante as programações lúdicas que acontecerá em Aracaju no mês das crianças, ela e outros ambulantes foram capacitados e certificados, por meio da Oficina de Boas Práticas de Manipulação e Higienização de Alimentos (8h), ministrada na Estação Cidadania e promovida pela Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat).

De acordo com a diretora de Formação Profissional o objetivo é oportunizar a estes autônomos, capacitação gratuita para que eles possam atuar dentro dos padrões da Vigilância Sanitária. "A cada dia, queremos aprimorar ainda mais o trabalho dessa categoria que desenvolve suas atividades com tanta dedicação, por isso o acesso deles a esta capacitação, que possui certificação válida por um ano".

O instrutor da oficina Américo da Silva, 35, explica que os participantes puderam aprender a  manipular, armazenar e higienizar os alimentos, conheceram como se dá o processo de contaminação e os quatro riscos que ela traz: físico, químico, biológico e ambiental. "Também entenderam sobre a contaminação direta, oriunda do próprio manipulador, e a indireta, vinda dos fatores externos", afirma Américo, ressaltando a necessidade da capacitação. "É muito importante em termos de segurança e saúde, tanto dos ambulantes como dos clientes. Agora, eles podem levar adiante o conhecimento e saber separar o certo e o errado para a vida profissional de cada um", finaliza.

Aprendizado

Marcela Alves Cardoso, 34, também é moradora do bairro 17 de Março e há quatro meses comercializa salgados na região. Ela conta que iniciou a atividade como uma maneira de auxiliar financeiramente nas despesas de casa. "Está dando para pagar as contas, achei uma ótima oportunidade que eu não imaginava ter. Eu não trabalhava nessa área, não sabia como fazer o certo, achava que fazia", diz Marcela, que reforça a necessidade da certificação. "Quando estivermos vendendo e chegar algum fiscal, não precisamos nos esconder, só mostrar o que aprendemos em sala de aula", acredita.