O câncer de mama é o tipo de tumor maligno que mais mata as mulheres no mundo, de acordo com a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer. Para dialogar sobre prevenção, autoexame e quais são os encaminhamentos necessários após encontrar o nódulo em um dos seios, o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Pedro Averan, localizado no bairro Santo Antônio e mantido pela Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju realizou uma palestra sobre o tema, na última quarta-feira, 18, que antecede o 19 de outubro, Dia Mundial de Combate ao Câncer.
Sala cheia e olhos atentos para ouvir as orientações dos profissionais. Foi assim que a maioria das idosas e idosos estavam para receber as instruções ministradas por representantes da secretaria municipal de Saúde e da Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e Diretos Humanos (SEIDH). Com um simulador do autoexame, as pessoas puderam aprender além da teoria sobre como detectar o início de um problema e buscar ajuda.
Maria José dos Santos Rodrigues tem 74 anos e já fez mamografia algumas dezenas de vezes. Ela entende a importância do autoexame e também desse tipo de informação dentro do Cras. “O autoexame já é uma rotina para mim e esse tipo de discussão aqui no Cras é muito preciosa, porque traz informação pra gente. Ninguém gosta de ouvir falar sobre doença, mas quando a necessidade é latente não se tem pra onde fugir”.
A assistente social da Unidade de Saúde da Família Cândida Alves, Sônia Carvalho, acredita que através da disseminação de conhecimento é possível prevenir não só o câncer de mama, como também várias outras doenças. “O público que frequenta a nossa unidade de saúde é o mesmo do Cras. Na maioria das vezes o paciente não procura informações a respeito de um tema como esse, a não ser que tenha um problema que precise ser resolvido com urgência, então essa parte educativa desenvolvida nos Cras é essencial para a promoção da saúde”.
Do povo e para o povo
Estudante do quinto período de medicina pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e assessor técnico da SEIDH, Magno Prado ingressou na faculdade através das políticas afirmativas de direitos para alunos de escolas públicas, o conhecido sistema de cotas. Para ele, realizar palestras instrutivas a respeito do câncer de mama é uma oportunidade de devolver o aprendizado adquirido na sala de aula. “Eu me sinto extremamente feliz em ter a possibilidade de comunicar para a população sobre essas questões. Eu sou povo e sei onde o calo da gente aperta. Através da educação eu pude transformar a vida da minha família e eu gostaria que isso acontecesse com outras pessoas também. Sinto que estou doando um pouco do que eu recebi e isso é bom demais”.
