Alunos da Emef Oviêdo Teixeira debatem sobre o racismo

Agência Aracaju de Notícias
20/10/2017 14h46

O Projeto Lápis de Cor chegou a mais uma escola da rede municipal de ensino de Aracaju na manhã desta sexta-feira, 20. Desta vez, foram os alunos do 5º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Oviêdo Teixeira que receberam a ação desenvolvida através de uma parceria entre a Coordenadoria de Políticas Educacionais para a Diversidade (Coped) da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a Diretoria de Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Assistência Social.

Durante a ação, as crianças puderam discutir sobre o racismo, bullying e diversos outros preconceitos que influenciam na formação cidadã, baseados na exibição do documentário homônimo ao projeto, Lápis de Cor, dirigido por Larissa Santos. Assistindo ao vídeo, que trata sobre racismo, enquanto era retratada a diversidade de características humanas, foi possível perceber diversas reações dos alunos, como o toque ao próprio rosto para sentir os formatos de nariz e boca.

De acordo com Maíra Ielena Nascimento, coordenadora da Coped, o projeto realizado desde março já alcançou dezenas de escolas municipais e está sendo desenvolvido por amostragem. “Buscamos detectar os impactos do racismo ainda na infância. Não queremos saber o quanto as crianças estão sendo racistas, mas qual impacto que o racismo institucional está tendo sobre uma criança. Esse projeto resultará na confecção de um grande relatório sobre a percepção da criança sobre o assunto”, explica Maíra.

Para Ana Íres Lima, assessora da Coordenadoria de Direitos Humanos, o projeto traz uma nova visão a partir da infância, que é onde tudo começa. “Quem provoca a desigualdade é o adulto e a criança apenas assimila. Ela pode não ter o poder de mudar o todo, mas tendo a percepção dentro da sua sala de aula de que existe uma grande diversidade, ela começa a se adaptar e ter a visão de uma sociedade mais igual para todos”, garante.

Uma das atividades que faz parte do projeto é a participação das crianças desenhando como acham que são ou como gostariam de ser. O pequeno Kauan Guilherme Santos, de 11 anos, fez o seu próprio desenho, de acordo com as características que avalia ter. “Foi uma atividade muito legal e achei que o desenho ficou bem parecido comigo mesmo. Nunca presenciei o racismo na minha sala de aula, mas já vi na rua. Isso não está certo e precisa deixar de acontecer. Espero que as pessoas precisam sejam tratadas bem e da mesma forma, sem diferença”, afirmou.