Dia Nacional de Combate à Sífilis é celebrado com ações do CTA Itinerante

Saúde
20/10/2017 17h36

Para chamar a atenção da sociedade sobre a existência e os perigos da doença, o Governo Federal instituiu, em março deste ano, a Lei nº 13.430, que oficializa o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, a ser celebrado sempre no terceiro sábado de outubro – que, em 2017, ocorrerá amanhã, 21. Baseada nessa medida, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), vem promovendo e participando de diversas atividades relacionadas, por meio do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Itinerante, durante todo o mês.

A próxima ação será no dia do Combate, onde o Programa IST/Aids, da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), fará testes rápidos no CTA Itinerante, durante o evento do Outubro Rosa da Faculdade Estácio, no Parque da Sementeira. Além disso, a SMS também promoverá atividades ligadas ao Programa Academia da Cidade para os participantes que comparecerem.

Já no dia 24, ocorrerá uma palestra sobre prevenção às IST/Aids na Emurb, e uma atividade sobre o protagonismo juvenil na Escola Olga Benário, no bairro Santos Dumont, juntamente com o Programa Saúde na Escola (PSE). Nos dias 27, 28, 29, 30 e 31 também estarão disponíveis à população testes rápidos para Sífilis, HIV e hepatites B e C em diversas localidades da capital.

A doença

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, que tem tratamento e cura. “Na maioria das vezes ela é assintomática [que não apresenta ou não constitui sintoma]. A pessoa não sente nada, não procura atendimento e passa adiante a bactéria nas relações sexuais sem camisinha. No caso da mulher, por meio da transmissão vertical, há a transmissão para o filho, tanto na gravidez quanto na hora do nascimento; é a chamada sífilis congênita, que herdou da mãe”, informou a enfermeira Marília Uchôa, responsável técnica pela doença dentro do Programa Municipal de IST/Aids.
 
Segundo ela, a cada 1.000 crianças que nascem em Aracaju, 8 tem a sífilis congênita. “A meta preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o nosso país é de 0,5 caso para cada 1000 nascimentos, o que revela que estamos muito acima do ideal. Hoje, estima-se que 10% da população em geral tem sífilis, quer dizer, a cada 100 pessoas, 10 tem a infecção. É um índice muito alto, por isso a importância da utilização do preservativo”, esclareceu Marília.

A enfermeira explicou ainda que a infecção sem tratamento pode causar a morte do bebê, antes mesmo do nascimento. “A criança pode nascer prematura, com baixo peso, ter anemia, pneumonia, ficar cega ou surda, ter deformidade óssea e até deficiência mental. Já no adulto, a sífilis primária, ou cancro duro, ocorre através de uma ferida que não coça, não dói e, com um tempo, desaparece, mas a bactéria continua no sangue. Depois desse estágio, a pessoa pode apresentar queda de cabelo e feridas na palma da mão e planta do pé; essa é a sífilis secundária. Se não houver tratamento, esses sinais também podem desaparecer, mas, novamente depois de um certo período, podem ocorrer problemas cardíacos ou neurológicos, ocasionando até mesmo na morte de quem possui a doença”, alertou.