Idosas do Cras Carlos Hardman recebem palestra sobre Dia Mundial de Combate ao Diabetes

Assistência Social e Cidadania
14/11/2017 17h35

Estima-se que o número de brasileiros diagnosticados com diabetes tenha aumentado cerca de 61% nos últimos dez anos. De acordo com pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde no primeiro semestre de 2017, as mulheres foram as mais atingidas pela doença, passando de 6,3% para 9,9%, contra 4,6% para 7,8% de casos registrados entre os homens. Para lembrar sobre os cuidados com a saúde, além de marcar o Dia Mundial de Combate ao Diabetes, a diretoria de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju promoveu na tarde desta terça-feira, 14, uma roda de conversa com idosas do Cras Carlos Hardman, localizado no bairro Soledade.

Além da obesidade e da hipertensão, o diabetes é uma das doenças que mais avança no Brasil. “Esta é uma forma de a Assistência trazer informação para o público. A medicina tem avançado muito em várias pesquisas. Mesmo assim são informações que prescrevem com o decorrer do tempo e a própria população não tem acesso. Por isso que escolhemos o Cras, que é um local de grande vulnerabilidade para tocar no assunto. Quando trazemos o debate à tona é que vemos a importância da ação, porque as pessoas ainda se surpreendem, já que há um estigma que o diabético não pode comer nada ou ter uma vida normal”, destacou a diretora de Segurança Alimentar e Nutricional, Rosane Cunha.

Segundo a nutricionista Tatiana Canuto, as pessoas de mais baixa renda podem ter uma alimentação saudável, acabando com o mito de que é preciso gastar muito para ter qualidade de vida. “Há uma lenda de que consumir produtos sadios é igual a gastar muito, mas o mesmo dinheiro que se usa para comprar no supermercado pode render o dobro de alimentos saudáveis e in natura em uma feira livre. Ter este planejamento também é primordial para um custo-benefício a longo prazo”.

Maria Conceição dos Santos é aposentada, tem 58 anos e é diabética tipo 2 há mais de vinte anos. Mesmo com tanto tempo se cuidando para não ter complicações severas, ela afirma ter aprendido bastante durante a intervenção. “Eu mesma não sabia que o adoçante que eu tomava era tão ou mais prejudicial quanto o açúcar. Agora, sabendo disso, vou procurar me informar mais e ir ao médico de novo para rever minha dieta. Está vendo como é bom vir aqui no Cras?”.