Equipes da Assistência Social e Fundat conscientizam população sobre o preconceito racial

Formação para o Trabalho
24/11/2017 15h23

Em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, a Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat) recebeu nesta semana a visita do Teatro Fórum da Coordenação de Arte (Coarte) da Secretaria Municipal de Educação, juntamente com a equipe da Secretaria Municipal da Assistência Social, que trouxeram uma apresentação artística-cultural, abordando a temática da desigualdade social e as formas de discriminação inseridas em diversas esferas da sociedade.

A ação é uma iniciativa da Prefeitura de Aracaju e percorreu várias secretarias da administração municipal desde o último dia 20. O projeto proporcionou, por meio de músicas e peças teatrais, o debate a cerca do enfrentamento do preconceito em várias escalas.

De acordo com o representante da Coordenadoria dos Direitos Humanos da Semasc, Paulo Melo, o objetivo da ação é propor um diálogo, com os servidores públicos e a população, a respeito das diversas formas de preconceito racial existentes na sociedade, entre elas o racismo institucional. "Realizamos esta intervenção em várias secretarias para falarmos sobre as práticas discriminatórias que ainda existem no serviço público. As cenas retratadas na apresentação representam o que acontece de verdade", explica.

Segundo ele, a arte e a cultura são ferramentas eficazes para abordar temas fundamentais como esse de uma forma lúdica e leve. "Queremos a ajuda e colaboração de todos para enfrentarmos isso, precisamos de um Brasil em que negros, indígenas, crianças e idosos tenham os seus direitos de cidadãos respeitados", destaca.

Integrante da equipe da Assistência Social, Maria da Conceição de Jesus, acredita que "através da arte há uma maior aceitação e assimilação da mensagem do significado do racismo institucional".

Conscientização

A aracajuana Thais Freitas, 19 anos, veio à Fundat para realizar a emissão da carteira de trabalho e acabou surpreendida com a atividade cultural. "Achei uma ótima iniciativa. A rede municipal precisava de projeto assim para realizar esse tipo de manifesto. A conscientização é necessária porque o preconceito ainda predomina bastante", salienta.

Lucivaldo Pereira foi à unidade acompanhando um familiar e aproveitou para conferir a encenação. Segundo ele, atos como esse trazem à população informações relevantes, muitas vezes desconhecidas pelas pessoas. "No momento em que o Brasil e o mundo vivem, esta é uma boa ação porque nos conscientiza. Tinham coisas referentes aos direitos da população negra que eu não sabia e que aprendi hoje", conta.