Primeira edição do ano do projeto ‘Ocupe a Praça’ é sucesso com edição especial de verão

Verão, música e cinema. Foi com essa mistura que o projeto ‘Ocupe a Praça’, promovido pelo Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPD), unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), encantou o público do evento que já faz parte da agenda cultural da capital sergipana. Na edição especial em alusão à estação mais quente do ano, que aconteceu na noite desta quarta-feira, 10, na praça General Valadão e no Centro Cultural de Aracaju teve lançamento de filme, baile cinemático e mostra de cinema.

Essa edição do evento começou mais cedo, às 17h30, com a exibição de produtos cinematográficos produzidos por alunos da Universidade Federal de Sergipe na Mostra Audiovisual Janela UFS. Onde os aprendizes tiveram a oportunidade de apresentar os seus respectivos trabalhos a um grande público que se formou na sala de exibição Walmir Almeida. Dentre os documentários apresentados estavam: Mesmo aqui, sinto que estou aí (Kleverton Souza), Slacher (Sérgio Lucas) e Cenas Para Paraganini (Luna Safira, Ana Paula Rocha e Izadora Sobral).

Para o professor do curso de audiovisual e cinema responsável pela mostra, Diogo Velasco, o Ocupe funciona como um espaço externo da universidade que serve como multiplicação do trabalho realizado pelos alunos. “A mostra foi um complemento na grade de programação. Eu acredito que essa é uma parceria importante, porque estimula os alunos a utilizarem o espaço promovendo seus trabalhos junto à comunidade”, observa.

Após o debate que foi gerado através das exibições dos documentários, houve a inauguração em Sergipe do premiado filme goiano “Terra e Luz” dirigido por Renné França. O filme, que tem duração de 73 minutos, retrata a vida de pessoas que vivem em locais de extrema desolação, áspero e escasso de alimento. Destaque em vários festivais, a obra ganhou vários prêmios e conquistou a crítica cinematográfica brasileira.

Segundo a coordenadora do NPD, Carolina Westrup, essa ideia de unir o cinema às outras linguagens artísticas é uma forma de fomentar o audiovisual sergipano e incentivar os produtores a utilizarem o núcleo como espaço de produção e aprendizagem. “A ocupação deste espaço é essencial. Com o Ocupe estamos unindo um público que cada dia mais vai aquecer a nossa indústria de cinema que é muito importante para o cenário regional. Outro objetivo do evento é mostrar para quem tem interesse de produzir, exibir ou até mesmo aprender, que esse instrumento é para isso”, destaca.

Uma novidade desta edição do Ocupe a Praça foi o baile cinemático, uma mistura de cinema e música. Eletrizando a praça e iluminando as paredes do Centro Cultural. Quem compareceu ao evento aprovou a proposto como é o caso da professora do curso de Jornalismo, Grace Schneider. “A ocupação do centro com a mobilização de pessoas que geralmente não circulam por aqui faz parte de um processo de revitalização de um espaço como esse muito importante. É fundamental que se tenham iniciativas com esse objetivo de dar luz às praças, aos locais históricos com cultural e arte”, opinou.

De acordo com o pesquisador na área de cinema, Gladson Galego, projetos como esses são bastante significativos, pois, além de fomentar o cinema e a cultura ainda gera discussões relevantes. “Eu enxergo uma realização como essa com muito carinho. É de extrema importância que os órgãos públicos invistam em projetos que ocupem espaços como esse com música, arte e cinema. É uma forma de oferecer à comunidade mais uma opção. Mas é interessante que uma das preocupações desses gestores seja a questão da permanência do projeto. Que o Ocupe continue por muito tempo com essa linda ideia”.

Ocupe de Verão

O projeto promovido pela Funcaju através de sua unidade, o Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPD), é realizado sempre na primeira e última quarta de cada mês. Como esta é uma edição especial dedicada ao verão, o evento acontece todas as quartas entre os dias 10 e 24 deste mês, sempre às 17h30, no Centro Cultural de Aracaju (antiga Alfândega) e na praça General Valadão.

Para o diretor de arte e cultura da Funcaju, Nino Karvan, que esteve na prestigiou a edição do ano, o Ocupe é um dos principais projetos realizados pela gestão através do planejamento estratégico. “Temos o maior carinho pelo Ocupe a Praça. Sem dúvidas é um projeto extremamente instigante porque dialoga com várias linguagens artísticas, várias expressões culturais e atrai muitos jovens, formadores de opinião e intelectuais se consolidando a cada edição”, disse.