Segunda fase do mapeamento das áreas de risco é iniciada no Porto Dantas e será tema de monografia

Defesa Social e Cidadania
19/01/2018 14h56

A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal de Defesa Social e Cidadania (Semdec), iniciou a nova etapa do mapeamento das áreas de risco na capital.  O bairro Porto Dantas foi alvo da ação desenvolvida durante esta semana, por meio da  Defesa Civil de Aracaju. A relevância dos procedimentos chamou a atenção de professores e alunos da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que estarão realizando estudos sobre a iniciativa, para elaboração de monografia.

Promovido, desde o segundo semestre do ano passado, o mapeamento aéreo das áreas de risco integra o trabalho preventivo em locais vulneráveis, especialmente, aos efeitos das chuvas. A primeira etapa do processo consistiu na captação de imagens com a utilização de drones, para identificar,com precisão, as regiões com maior grau de risco e assim proporcionar os subsídios necessário para atuação preventiva.

O secretário municipal da Defesa Social e da Cidadania, Luis Fernando Almeida, destaca que a ação integra a elaboração do plano de Contingência de Defesa Civil da capital. "A parceria dos estudantes e professores da universidade é um fator que revela a importância e complexidade de toda a estruturação do nosso plano de contingência de Defesa Civil. O trabalho pioneiro, com ações preventivas, permitirá que ao chegar o período das chuvas já tenhamos ações bem articuladas para minimizar o sofrimento da população das áreas de risco, que é a mais afetadas diante do maior volume de precipitações", ressaltou o secretário.  

O geólogo da Defesa Civil de Aracaju, Lucas Santana, explica que nessa segunda etapa, que é realizada em terra, cada encosta que foi identificada nas imagens coletadas pelo drone será avaliada de perto para caracterizar a escala de risco em que se encontra. É justamente nesse ambiente que serão desenvolvidos estudos que resultarão em projetos para trabalho de conclusão de curso, assim como de uma dissertação de mestrado. "Como o Porto Dantas é um dos bairros com maior quantidade de áreas de risco, a estudante que desenvolverá o trabalho acadêmico, junto aos orientadores, realizará os procedimentos no local", informou.

Para o coordenador da Defesa Civil de Aracaju, capitão Sílvio Prado, essa relação estabelecida com a UFS trará contribuições na coleta de elementos e informações importantes a respeito das características do risco, no Porto Dantas. Além disso, contribuirá com a produção de informações que possibilitará uma maior efetividade no atendimento à população. "Precisamos mensurar quais casas e pessoas estão em risco alto ou muito alto, para que em uma situação de emergência possamos dar prioridade a quem está em maior risco", explica o coordenador. 

O professor do curso de Geologia da UFS, Felipe Figueiredo, avalia que essa relação estabelecida entre a Defesa Civil e a universidade é uma via de mão dupla e que o trabalho é de grande relevância para a sociedade. "A continuidade no trabalho de mapeamento é muito importante, pois o risco é mutável. A partir do momento que alguém faz um novo corte num barranco ou aumenta-se a intensidade das chuvas o risco pode se modificar", revelou o professo

Entre as universitárias que desenvolve estudos sobre a área está a aluna do curso de geologia Isadora Melo. Em seu trabalho ela objetiva realizar a setorização das áreas de risco do Porto Dantas e classificar em cada ponto do bairro os riscos como muito alto, alto, médio ou baixo, um trabalho que, inclusive, será realizado pela Defesa Civil de Aracaju em toda a capital. O conteúdo será compartilhado e contribuirá com o processos de planejamento e análises realizadas pela Defesa Civil de Aracaju.