Educação para a Cidadania: projeto conscientiza alunos sobre drogas e sexualidade

O foco principal é despertar a reflexão e o conhecimento nos estudantes sobre gravidez indesejada, Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e as consequências do álcool e outras drogas. Cada turma ficou com um tema. Através de estandes montados na quadra de esportes da Emef, as equipes do 6º ao 9º ano demonstraram um trabalho que exigiu muita dedicação e isso foi perceptível na apresentação dos cartazes e na distribuição de panfletos alusivos aos temas.

Coordenadora pedagógica da Emef, Kátia Valmont, destaca a importância da escola em promover várias ações para auxiliar na educação dos estudantes para hábitos saudáveis. "Sabemos que a adolescência é uma fase em que há uma curiosidade de se experimentar coisas. Por isso, procuramos trazer assuntos como álcool, drogas e sexualidade à discussão. Além disso, há todo um cuidado em incentivá-los a trilharem bons caminhos, através do ensino, dos esportes e da arte", conta.

Apesar de cada turma contar com a orientação de um professor, o projeto foi idealizado pela professora de Ciências Vilma Leite. Segundo ela, os alunos superaram suas expectativas e se mostraram mais empenhados do que ela imaginara. "Eles começaram as atividades do projeto no mês de outubro com estudo e planejamento do que iriam desenvolver. A partir daí pesquisaram e fizeram contato com instituições com o Alcóolicos Anônimos (AA) e clínicas de recuperação. Dava gosto vê-los empolgados e, melhor ainda, aprendendo", relata.

Aos 14 anos, o aluno do 8º ano da professora Vilma, João Alves, ressalta que é preciso desmistificar a questão do tabu para esses assuntos. "É preciso falar sobre drogas e sobre sexualidade. Quando a gente não tem esse diálogo orientado acaba fazendo as escolhas erradas. Felizmente tenho pais que sempre conversam comigo tranquilamente sobre o que é certo e errado na sexualidade e a importância de dizer não ao uso de drogas. Quem não tem esse direcionamento muitas vezes acaba aprendendo da pior maneira", expressa.

A estudante do 9º ano, Beatriz Santos, complementa a explicação de João quando analisa que a falta de conhecimento ocasiona escolhas erradas. "Minha turma está falando sobre as ISTs e achei muito legal falar disso porque nos ensina a cuidar mais de nós mesmas. Fomos ao posto de saúde daqui do bairro, conversamos com as enfermeiras e pegamos alguns materiais para expormos aqui. Não há distribuição de preservativos, mas há informações que com certeza são necessárias por toda vida, pois mostram o melhor caminho a seguir", conclui