Defesa Civil intensifica seus trabalhos por conta do período de chuvas

Agência Aracaju de Notícias
23/04/2018 08h55

O período de chuvas mais intensas chega a Aracaju neste primeiro semestre e, com ele, aumenta a atuação da Defesa Civil Municipal, ligada à Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), cujo objetivo de prevenir e gerenciar potenciais transtornos está sendo praticado desde o primeiro ano da atual gestão. O resultado pode ser visto no mapeamento das áreas de risco da capital, na formação do Comitê de Gerenciamento de Crises, na limpeza de canais e nas ações de conscientização sobre descarte correto de resíduos.
 
É função da Defesa Civil coordenar e supervisionar ações no caso de situações prejudiciais ao Estado ou à sua população, além de garantir assistência as necessidades desses cidadãos, evitando que eles continuem expostos ao perigo. Para realizar um bom trabalho é imprescindível conhecer bem a cidade e planejar cada detalhe de uma hipotética situação de risco. Por esse motivo, a gestão criou o Comitê de Gerenciamento de Crise. “O Comitê foi criado pelo prefeito Edvaldo Nogueira no ano passado e atua, de maneira intersetorial, combatendo quaisquer adversidades que aconteçam na cidade. Desta maneira, estamos aptos a agir nas situações que ofereçam perigo a população de forma rápida e efetiva”, explica o coronel Luís Fernando, Secretário da Secretaria Municipal da Defesa Social e Cidadania (Semdec). 
 
O que garante uma boa performance é conhecimento das especificidades da cidade, destacando as áreas com maior risco de serem afetadas por situações adversas. Desta maneira, a Defesa Civil está realizando o mapeamento destes locais, através de inspeções técnicas e captura de imagens por drones. “O nosso projeto visa atualizar as informações e calcular um número aproximado de pessoas que correm risco nas áreas mapeadas. Através dos dados nós conseguimos dimensionar qual seria a atuação de cada órgão municipal, estadual e federal, por meio de um plano de contingência, para gerenciar uma eventual crise. Além disso, nos permite saber qual seria o melhor local para acomodar essas pessoas, qual unidade de saúde procurar para os feridos e facilitar a logística de distribuição de itens indispensáveis”, afirma o major Silvio Prado, coordenador da Defesa Civil.
 
Normalmente o período de maior intensidade de chuvas traz consigo casos de alagamentos, inundações e, em circunstâncias extremas, deslizamentos. Além disso, a capital possui características geográficas peculiares que podem ocasionar transtornos. “Aracaju é uma cidade relativamente plana e situada ao nível do mar, embora possua alguns pontos de maior relevo, como morros. Por conta dessa geografia, a mudança na maré do mar pode ocasionar problemas. A água que cai na rua entra na tubulação da drenagem urbana, se dirige ao canal e é evacuada para o rio. A questão é que com o forte volume de chuvas e com marés muito altas o caminho inverso pode acontecer”, explica o major.
 
Participação da População
 
Além da atuação do poder público, a população também é responsável pela segurança da cidade. É muito importante que os cidadãos tenham consciência que a autogestão correta do lixo evita inúmeros transtornos. Quanto mais corretamente o aracajuano descartar seus resíduos, menos serão necessárias as ações para desobstruir bueiros e, consequentemente, o dinheiro público utilizado para essa finalidade poderá ser aplicado em outra área.   
 
Além das ações educativas, a Defesa Civil busca a participação popular através do número 199. Ele é um canal de comunicação direta e gratuita com o órgão e permite que o cidadão busque ajuda e denuncie casos que envolvam riscos em suas residências ou em patrimônios públicos da cidade. “Desde que inauguramos esse meio de aproximação entre a Defesa Civil e a população recebemos chamadas, normalmente, relacionadas a risco de desabamento. Nós atuamos em parceria com a Guarda Municipal de Aracaju (GMA), que atende os telefonemas e nos repassa. O número está disponível 24 horas, facilitando o acesso e diminuindo o tempo de resposta”, ressalta o coordenador. 
 
Após o contato, uma equipe técnica é enviada ao local solicitado e identifica o suposto problema. Se ele estiver dentro do escopo de atividades da Defesa Civil, um relatório é elaborado indicando as medidas que devem ser adotada. Além disso, caso a situação exponha os moradores a um risco em que a família precise ser retirada de sua residência, eles serão encaminhados para o Centro de Referência em Assistência Social (Cras) mais próximo, onde serão acolhidos até que o perigo seja contornado.