Sema e Unit transformarão ponto de descarte irregular de lixo em área de convivência

Meio Ambiente
17/04/2018 13h08

Transformar pontos viciados de descarte irregular de lixo em áreas de convivência para as comunidades. Com esta proposta, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), e a Universidade Tiradentes (Unit), vêm realizando ações de intervenções urbanas com o intuito de sanar essa problemática. Depois de um antigo ponto de descarte irregular de lixo localizado no bairro Santos Dumont ter sido transformado em uma praça comunitária, chegou a vez de uma calçada situada no bairro Getúlio Vargas, em frente à Escola Estadual 11 de Agosto, que é considerado um ponto irregular de lixo, ter um novo cenário. 

O objetivo da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Universidade Tiradentes é elaborar um projeto urbanístico que atenda às necessidades do local e que conte com o engajamento da comunidade, inibindo, assim, o descarte irregular de resíduos. Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente de Aracaju, Augusto Cesar Viana, a meta é entregar a revitalização do espaço até o fim de junho.  "Essas intervenções não são um trabalho rápido, é necessário realizar todo um diagnóstico da problemática, executar as ações e envolver a comunidade para que ela também se aproprie desta causa. Assim, conseguiremos minimizar o número de pontos viciados de descarte irregular de lixo em Aracaju", garante.

As equipes da Unit já estão realizando o planejamento baseado nas necessidades do local, como explica a professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unit, Simone Menezes. "Estamos fazendo um trabalho de reconhecimento da estrutura da escola e estreitando alguns contatos para verificar quais serão as estratégias de ação para a intervenção em frente à escola. Estamos verificando algumas informações, a exemplo de como acontece esse descarte, horários específicos, perfil da vizinhança e dos próprios alunos da escola, para entendermos até que ponto poderemos contar com o apoio deles nas atividades da intervenção. Tenho a expectativa que isso vire um projeto permanente da Universidade Tiradentes e que os nossos estudantes consigam praticar o que aprendem na sala de aula, realizando intervenções urbanas com êxito e que gerem interesse na comunidade", disse. 

Anseio da população

De acordo com a diretora da escola, Otília Ferreira, a calçada que fica em frente à instituição de ensino, serve como ponto de descarte de resíduos há mais de 20 anos e isso gera danos não somente ao meio ambiente, mas também ao patrimônio público. "Em decorrência da quantidade de lixo colocado, ocasiona mau cheiro, com a queima de pneus e de lixo em geral causa prejuízos a nossa saúde, sem contar da calçada, que está destruída. O que mais me deixa triste é a comunidade do bairro não se apropriar do ambiente escolar como sendo uma extensão da sua casa. Ao invés disso, veem a porta da escola como uma lixeira", relata a diretora. "Eu tenho certeza que será realizado um projeto ambiental e urbanístico de grande qualidade. Estou muito satisfeita com a gestão do prefeito Edvaldo Nogueira, que vem se envolvendo de uma forma tão precisa e atenciosa nas ações", completa Otília.

O comerciante Milton de Oliveira é morador do bairro Getúlio Vargas e a situação atual da calçada da Escola Estadual 11 de Agosto o incomoda. "Há mais de dez anos estou incomodado com essa calçada servindo com ponto de lixo. Eu gostaria muito que essa situação fosse resolvida", afirma o comerciante. 

Mesmo a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) realizando constantemente a limpeza da área, de acordo com o oficial administrativo Roberto Luiz, a população continua descartando o lixo de forma irregular, principalmente nos fins de semana. "Essa situação é diária. Todos os dias é possível ver o pessoal jogando lixo aqui. Quem descarta são os próprios moradores, assim como carroceiros e veículos. Nas redondezas, quando os moradores fazem reformas ou constroem casas descartam o lixo aqui. Esse local é considerado um ponto viciado de descarte de lixo. É necessário que se faça alguma intervenção aqui pra acabar com esse problema", afirma Roberto Luiz.