Cultura indígena é o foco de debates no Centro Cultural de Aracaju

Cultura
17/05/2018 18h40

 Com a importância de levar a reflexão sobre a história e sobre os direitos dos povos indígenas da tribo Xokó, a Fundação Cultural da Cidade Aracaju (Funcaju), com o apoio da Associação Nacional de História (ANPUH-SE), deu início nesta quinta-feira, 17, ao II Fórum de Cultura Indígena. O evento, realizado no Centro Cultural, contou também com uma exposição sobre os índios Xokós. A programação segue até sexta-feira, 18. 

De acordo com o presidente da Funcaju, Cassio Murilo, é essencial levantar esse debate e, principalmente, a reflexão sobre a cultura e os direitos dos povos indígenas, devido ao momento histórico difícil que se encontra o país. “A Funcaju tem a missão de trazer esta discussão, pois estamos vivendo em um tempo de encolhimento dos direitos e da democracia. Temos que refletir sobre as condições e possibilidades das leis que atingem as vítimas preferenciais e históricas, culpa de uma elite que tenta descriminalizar”, destacou.

O embaixador e ex-cacique da tribo, Apolônio Xokó, contou que o objetivo do fórum é plantar as sementes do conhecimento para que a cultura indígena não seja apagada. “Hoje, aqui, estamos dando a oportunidade de reviver o passado, saber a importância e fazer com o que a cultura indígena não seja esquecida depois de vários processos de luta”, explicou.
 
Para o presidente da Associação Nacional de Histórias de Sergipe, Diogo Monteiro, os conteúdos disseminados com o público presente têm o principal objetivo de elevar as discussões sobre a cultura e direitos dos índios Xokós. “A importância deste evento é necessária para a gente enfatizar todas as questões do conhecimento e da popularização da discussão sobre os povos e sobre os direitos indígenas”, ressaltou.